São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Red Bull e McLaren, realidade e fantasia

NAS CINCO VOLTAS anteriores ao seu segundo e último pit, quando os pneus já estavam no bagaço, Vettel conseguiu média de 1min44s399. Nas mesmas cinco voltas, Hamilton virou em 1min41s240.
Nas cinco voltas finais, pelo mesmo motivo, Vettel fez tempo médio de 1min43s328. Hamilton, de borracha sete voltas mais nova, 1min42s220.
Faltando quatro para a bandeirada, sem muito trabalho, o inglês fez a ultrapassagem, garantiu a vitória e quebrou a hegemonia reinante até então.
Foi um tremendo erro estratégico da Red Bull colocar o alemão numa estratégia de duas paradas em Xangai. Erro que pode ter sido motivado pela sua péssima largada, outro erro. Que pode ter sido influenciado pelo problema com seu claudicante Kers, mais um erro.
Não, não é normal a Red Bull errar tanto assim.
E Vettel sabe disso. Tanto que, na sua expressão, após a corrida, não havia o menor sinal de preocupação. Pelo contrário. Havia um "tudo bem, deixa eles ganharem essa". Corridas perdidas acontecem, não são o fim do mundo.
A prova da superioridade veio no sábado, no treino classificatório.
No Q3, logo em sua primeira tentativa de volta lançada, com a maior tranquilidade, Vettel garantiu a pole position. O segundo colocado, Button, companheiro de Hamilton, fez uma voltaça -a melhor do fim de semana, se Vettel e Newey não tivessem nascido- , mas ficou a um abismo do rival: 0s715.
A McLaren certamente evoluiu. Depois de passar a pré-temporada toda atrás da Ferrari, encontrou soluções nos computadores de Woking e chegou a Melbourne como segunda força.
Hoje, sem dúvidas, está ainda mais próxima da Red Bull. Mas colocá-las lado a lado é puro desejo de torcedor que, justificadamente, quer ver um campeonato equilibrado. Pode até acontecer. Mas ainda não é a realidade.

F-1
MEXE-MEXE
Já é possível sentir o cheiro de fritura no ar. Na Williams, Michael, diretor técnico, admitiu que o ritmo está longe do imaginado e que isso cai nos seus ombros. Na Ferrari, Montezemolo bradou que "este não pode ser o nível do time". Domenicali deve estar preocupado.

INTERLAGOS
PAULO KUNZE, 67
Foram necessárias as mortes de Rafael Sperafico e Gustavo Sondermann na Curva do Café para que entendessem o risco da falta de área de escape. A morte de Kunze cai em outra conta: a do desleixo dos clubes e federações. Quantas serão necessárias até a mudança?


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