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Malaios buscam
evolução com
ajuda brasileira
DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR
A Confederação Malaia
decidiu dar um toque brasileiro para tentar melhorar o
nível do futebol local.
Desde o início do ano, o
ex-supervisor do Flamengo
Raph Ferreira e o ex-técnico
Vieira são os primeiros brasileiros a trabalhar na Malásia. Eles têm a missão de
classificar a seleção sub-20
para o próximo Mundial.
"O futebol aqui ainda está
começando. Mesmo assim,
com muito trabalho podemos ajudá-los a melhorar",
disse Vieira, que não quis revelar o seu nome completo.
"Não gosto de falar o meu
nome todo porque quando a
minha ex-mulher sabe que
estou trabalhando no exterior, ela sempre entra na Justiça para conseguir aumentar a pensão dela", disse o
enigmático técnico carioca.
Vieira, que já está há quase
seis meses no país, disse que
quase abandonou a Malásia
na sua segunda semana. Logo após a estréia, ele pediu
demissão ao presidente da
confederação, que não aceitou. A Malásia foi goleada
pela Tailândia por 8 a 1.
"Foi um susto muito grande. Depois daquela goleada,
pensei que o futebol não era
sério aqui. Agora, sei que
tem futuro", disse Vieira.
Além dos problemas em
campo, a adaptação foi difícil. ""A comida é muito diferente e apimentada. E a língua é complicada demais."
Apesar dos resultados decepcionantes das seleções
dentro de campo, o futebol é
o primeiro esporte nacional.
Ao contrário de outros países asiáticos, os jogadores
são profissionais. O futebol é
financiado por grandes empresas locais e pelo governo.
Embora Vieira ainda não
tenha conquistado nenhum
resultado expressivo, ele já
abriu o mercado para os treinadores brasileiros no país.
Há cerca de três meses, o
Perak, um dos clubes mais
famosos da Malásia, contratou Antônio Gonzaga Neto
para comandar a equipe. O
time é líder do campeonato
nacional.
(FV, JAB E SR)
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