São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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Malaios buscam evolução com ajuda brasileira

DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR

A Confederação Malaia decidiu dar um toque brasileiro para tentar melhorar o nível do futebol local.
Desde o início do ano, o ex-supervisor do Flamengo Raph Ferreira e o ex-técnico Vieira são os primeiros brasileiros a trabalhar na Malásia. Eles têm a missão de classificar a seleção sub-20 para o próximo Mundial.
"O futebol aqui ainda está começando. Mesmo assim, com muito trabalho podemos ajudá-los a melhorar", disse Vieira, que não quis revelar o seu nome completo.
"Não gosto de falar o meu nome todo porque quando a minha ex-mulher sabe que estou trabalhando no exterior, ela sempre entra na Justiça para conseguir aumentar a pensão dela", disse o enigmático técnico carioca.
Vieira, que já está há quase seis meses no país, disse que quase abandonou a Malásia na sua segunda semana. Logo após a estréia, ele pediu demissão ao presidente da confederação, que não aceitou. A Malásia foi goleada pela Tailândia por 8 a 1.
"Foi um susto muito grande. Depois daquela goleada, pensei que o futebol não era sério aqui. Agora, sei que tem futuro", disse Vieira.
Além dos problemas em campo, a adaptação foi difícil. ""A comida é muito diferente e apimentada. E a língua é complicada demais."
Apesar dos resultados decepcionantes das seleções dentro de campo, o futebol é o primeiro esporte nacional. Ao contrário de outros países asiáticos, os jogadores são profissionais. O futebol é financiado por grandes empresas locais e pelo governo.
Embora Vieira ainda não tenha conquistado nenhum resultado expressivo, ele já abriu o mercado para os treinadores brasileiros no país.
Há cerca de três meses, o Perak, um dos clubes mais famosos da Malásia, contratou Antônio Gonzaga Neto para comandar a equipe. O time é líder do campeonato nacional. (FV, JAB E SR)



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