DO ENVIADO A MOSCOU

Dois jogadores brasileiros entraram na partida de ontem apenas nos instantes finais do segundo tempo da prorrogação, mas não decepcionaram.
Anderson, do Manchester United, e Belletti, do Chelsea, praticamente ingressaram em campo a tempo somente de cobrar suas respectivas penalidades na eletrizante decisão.
O lateral-direito reserva do Chelsea, que já decidiu a Copa dos Campeões em 2006 quando pertencia ao Barcelona (fez o gol do título diante do Arsenal, em Saint-Denis), chutou no canto esquerdo de Van der Sar, com tranqüilidade. Já Anderson, que conquista sua primeira Copa dos Campeões, preferiu não arriscar: soltou uma bomba no meio do gol e superou o arqueiro tcheco Cech, que escolheu um canto.
O zagueiro Alex, outro brasileiro envolvido no duelo britânico, contundiu-se -até foi cortado da seleção brasileira dos amistosos contra Canadá e Venezuela e dos jogos das eliminatórias ante Paraguai e Argentina- e apenas pôde torcer, em vão, por seus companheiros do banco de reservas.
O ex-corintiano Tevez foi mal durante a partida, com muitas jogadas perdidas, mas converteu sua cobrança.
Um dos atletas mais emocionados ao fim do duelo, o galês Giggs, que entrou no segundo tempo, superou a marca de 758 jogos de Bobby Charlton no Manchester United. É, agora, o jogador que mais vezes defendeu os "Diabos Vermelhos".
No momento em que Giggs entrou em campo, foi mostrada, no telão do estádio Luzhniki, a imagem de um Bobby Charlton emocionado com a efeméride e também com a decisão, difícil e equilibrada.
Anelka, jogador do Chelsea que falhou no pênalti decisivo, já havia desperdiçado uma penalidade importante no Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, contra o Corinthians -na época, ele defendia o Real Madrid.
Lampard, que fez um gol e quase anotou outro antes dos pênaltis, fez referência à mãe, que morreu recentemente, na celebração de seu tento. (RBU)


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