|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juca Kfouri
Inveja dos hermanos
Dá pena imaginar o que a Argentina fará com o México nas oitavas-de-final
A
ARGENTINA não decepcionou. Ao jogar
sua primeira partida como maior atração
desta Copa, diante de uma
Holanda sem Robben,
mas sempre respeitável,
os hermanos fizeram o
que deles se esperava, apesar de também poupar alguns preciosos titulares.
Jogaram futebol, deram
espetáculo em alguns momentos, foram competitivos em todos e, mesmo
sem marcar um só gol,
prenderam a atenção de
quem gosta de futebol. O
que, aliás, pode-se dizer da
Holanda, invariavelmente
capaz de jogar vistosamente e de fazer boas
campanhas em Copas,
embora ainda não tenha
tido a alegria do título.
Apesar do 0 a 0, não há
por que reclamar do jogo,
prova de que não só a vitória não é tudo como, também, até uma partida sem
gols pode ser agradável.
Dá pena imaginar o que
os argentinos farão com os
mexicanos nas oitavas-de-final e dá água na boca sonhar com o duelo entre
holandeses e portugueses.
Felipão 100%
Felipão já jogou dez vezes em Copas do Mundo.
E ganhou todas, marca
admirável. Tem como ganhar a 11ª, diante da Holanda, embora este seja
seu teste de fogo como
comandante de Portugal.
Mas, mesmo que não
consiga, o simples fato de
ter atingido um recorde
tão significativo, sem
nem sequer precisar falar
outra língua que não a dele, fala por si só.
Parreira misterioso
Ninguém sabe que time
Parreira escalará para o
treino mais puxado da seleção desde que se reuniu
para a Copa. Seu dilema
não é simples: treinar
com todos os titulares para ganhar padrão ou poupar os que correm risco
de ser suspensos? Manter
o time pesado ou usar um
mais leve para enfrentar a
correria japonesa?
Seja qual for a decisão,
ele prometeu que a equipe evoluiria de jogo para
jogo. É dia de mais um
passo. Para diminuir a inveja que hoje sentimos
dos brilhantes hermanos
argentinos, que odeiam
amar o Brasil, enquanto
nós amamos odiá-los, segundo ensina um professor da Universidade Federal de Buenos Aires.
blogdojuca@uol.com.br
Texto Anterior: Datafolha na Copa: Um confronto inédito Próximo Texto: Contra República Tcheca, Itália se vê entre o inferno e o Brasil Índice
|