Quebra de recorde marca triunfo da equipe de Bielsa em Port Elizabeth

Luca Bruno/Associated Press

O goleiro Bravo (à esq.) comemora a vitória de ontem com colega de time

Chile 1
Mark González, aos 30min do 2º tempo
Suíça 0

DE SÃO PAULO

A segunda vitória do Chile na África do Sul também teve quebra de recorde. Depois de 558 minutos sem tomar gols, a Suíça viu sua defesa vazada pelo time comandado pelo argentino Marcelo Bielsa.
E o gol só saiu aos 30min do segundo tempo, com uma cabeçada de Mark González.
Desde os 41min do segundo tempo das oitavas de final do Mundial de 1994, contra a Espanha, os suíços não tomavam gol. Depois, disputaram o Mundial de 2006 e, lá, fizeram quatro jogos -foram eliminados nos pênaltis pela Ucrânia nas oitavas.
Assim, a Suíça desbanca o recorde anterior, da seleção italiana, que, entre a Copa de 1986 e a de 1990, permaneceu 550 minutos sem ter de buscar a bola em suas redes.
Apesar do novo recorde, são os chilenos que lideram, surpreendentemente, o Grupo H, da Espanha, com seis pontos. Na primeira rodada, o time de Bielsa venceu Honduras -a primeira vitória do Chile em Copas desde 1962.
O alemão Ottmar Hitzfeld, técnico da Suíça, credita a queda da defesa até então inviolável à expulsão do meia Behrami, aos 30min da etapa inicial. "Se o jogo fosse de 11 contra 11, teríamos chances de vencer", reclamou.

PASSE DE "EL MAGO"
O Chile dominou o jogo, com muita velocidade mas pouca eficiência quando ficava à frente do goleiro Benaglio. Só conseguiu marcar após bom passe de Valdivia, "El Mago", que havia substituído Suazo no intervalo.
Ele lançou a bola para Paredes entre a zaga suíça. O chileno, impedido, driblou o goleiro e cruzou da direita. González, livre dentro da pequena área, cabeceou para o gol aberto. A bola bateu na parte de baixo do travessão antes de balançar as redes.
"Tivemos a bola quase o jogo todo. Precisamos criar muitas chances para converter uma. A Suíça teve uma boa chance no fim, mas me pareceu uma vitória justa", disse Marcelo Bielsa.
A Suíça teve uma única chance clara de marcar, no último minuto. Eren Derdiyok recebeu na marca do pênalti e completou para fora, próximo à trave esquerda de Bravo. "O empate seria merecido", disse Ottmar Hitzfeld.


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