São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Mundial vê força sul-americana

As cinco seleções do continente conquistaram 86,7% dos pontos, contra 50% dos europeus

DO ENVIADO A PRETÓRIA

Europeus nunca venceram Copas fora de seu continente. Asiáticos, africanos e países da América do Norte e da Oceania nem sequer as conquistaram. Pelo histórico, são os sul-americanos os favoritos neste Mundial.
E pelo menos nas duas primeiras rodadas, o desempenho das cinco equipes sul- -americanas confirma esse quadro. Têm disparado o melhor aproveitamento e permanecem invictas.
Conquistaram 86,7% dos pontos até agora. Foram oito vitórias e dois empates. Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai lideram cinco dos oito grupos da Copa.
Em comparação, a Europa obteve apenas 50% dos pontos, com seus 13 países. Só Holanda e Eslovênia estão na ponta de seus grupos.
Alemanha, Itália, Espanha, Inglaterra e França enfrentam dificuldades para passar à segunda fase -a última está quase fora.
O técnico do Chile, Marcelo Bielsa, atribui sua liderança ao estilo ofensivo, que vem desde as eliminatórias. E, por isso, está à frente da Espanha, campeã europeia. "O grande atrativo do jogo [de futebol] é que nunca se confirma o que se previa."
O técnico da Argentina, Maradona, é outro que põe seu time para jogar ofensivamente e vê os sul-americanos à frente dos outros.
"A explicação são as eliminatórias, que são competitivas. O Equador poderia estar na Copa. Os sul-americanos fazem o Mundial que deveriam", afirmou. Seu time sofreu no classificatório.
A pontuação é fruto do melhor desempenho dos sul- -americanos em fundamentos, segundo o Datafolha.
Países do continente têm o maior controle de bola, o maior número de finalizações -com a melhor pontaria-, mais desarmes e mais dribles que todos os outros.
Finalizam 15,9 vezes a gol em média, por exemplo, contra 13,1 dos europeus.
Os outros continentes sofrem. A Confederação da Oceania -que só tem a Nova Zelândia, pois a Austrália é da Ásia para a Fifa- tem só um terço dos pontos, o mesmo que os países da América Central e do Norte.
A Confederação da Ásia tem menos de 30% dos pontos. E os africanos, donos da casa, são os lanternas, com menos de um quinto dos pontos. (RODRIGO MATTOS)


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