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Mundial vê força sul-americana
As cinco seleções do continente conquistaram 86,7% dos pontos, contra 50% dos europeus
DO ENVIADO A PRETÓRIA
Europeus nunca venceram Copas fora de seu continente. Asiáticos, africanos e
países da América do Norte e
da Oceania nem sequer as
conquistaram. Pelo histórico, são os sul-americanos os
favoritos neste Mundial.
E pelo menos nas duas primeiras rodadas, o desempenho das cinco equipes sul-
-americanas confirma esse
quadro. Têm disparado o melhor aproveitamento e permanecem invictas.
Conquistaram 86,7% dos
pontos até agora. Foram oito
vitórias e dois empates. Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai lideram cinco
dos oito grupos da Copa.
Em comparação, a Europa
obteve apenas 50% dos pontos, com seus 13 países. Só
Holanda e Eslovênia estão na
ponta de seus grupos.
Alemanha, Itália, Espanha, Inglaterra e França enfrentam dificuldades para
passar à segunda fase -a última está quase fora.
O técnico do Chile, Marcelo Bielsa, atribui sua liderança ao estilo ofensivo, que
vem desde as eliminatórias.
E, por isso, está à frente da
Espanha, campeã europeia.
"O grande atrativo do jogo
[de futebol] é que nunca se
confirma o que se previa."
O técnico da Argentina,
Maradona, é outro que põe
seu time para jogar ofensivamente e vê os sul-americanos
à frente dos outros.
"A explicação são as eliminatórias, que são competitivas. O Equador poderia estar
na Copa. Os sul-americanos
fazem o Mundial que deveriam", afirmou. Seu time sofreu no classificatório.
A pontuação é fruto do melhor desempenho dos sul-
-americanos em fundamentos, segundo o Datafolha.
Países do continente têm o
maior controle de bola, o
maior número de finalizações -com a melhor pontaria-, mais desarmes e mais
dribles que todos os outros.
Finalizam 15,9 vezes a gol
em média, por exemplo, contra 13,1 dos europeus.
Os outros continentes sofrem. A Confederação da
Oceania -que só tem a Nova
Zelândia, pois a Austrália é
da Ásia para a Fifa- tem só
um terço dos pontos, o mesmo que os países da América
Central e do Norte.
A Confederação da Ásia
tem menos de 30% dos pontos. E os africanos, donos da
casa, são os lanternas, com
menos de um quinto dos
pontos.
(RODRIGO MATTOS)
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