São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corinthians se sujeita a goleadores temporários

Com ataque em má fase, time encara o Ceará após primeira derrota na Série B

Acosta e Dentinho viveram seca de gols, encarada agora por Herrera; média do trio caiu de 0,86 para 0,57 por jogo depois da Copa do Brasil


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Primeiro, foi Acosta. Depois, Dentinho. Agora é Herrera. Em seu ano de segunda divisão, o Corinthians tem se apoiado em goleadores temporários, que, durante um tempo, conseguem responder às expectativas e, depois, perdem o fôlego, assim como o time, que perdeu a invencibilidade na Série B contra o Bahia, no último sábado.
O Corinthians, que não vence há dois jogos, justamente quando seu ataque emperrou, tenta a reabilitação hoje, às 20h30, contra o Ceará, em Fortaleza.
O técnico do Corinthians, Mano Menezes, atribuiu a derrota para os baianos ao mau desempenho de seu setor ofensivo. Apesar de ter o melhor ataque da Segundona, o time do Parque São Jorge demonstra muita irregularidade na frente desde o início da temporada.
Os números mostram que os atacantes jamais estiveram em boa fase juntos, ou seja, quando um se encontra bem, o outro geralmente está na seca.
A exceção foi o mês de maio, quando Acosta e Herrera tiveram suas melhores performances. O primeiro candidato a ídolo corintiano na frente foi o uruguaio. Ele chegou com o rótulo de vice-artilheiro do Brasileiro no ano passado e fez gol de letra em seu terceiro jogo, mas despencou com o tempo.
Foi parar na reserva. Perdeu a posição para Dentinho, que decolou, principalmente em fevereiro, quando marcou quatro vezes. A boa fase durou pouco, e o atacante passou abril e maio em branco. Logo o rótulo de goleador passou a ser de Herrera, que marcou seis vezes em maio.
O desempenho do camisa 17 fez com que ele atingisse seu maior número de gols em uma temporada na carreira.
Antes só reconhecido pelos corintianos por mostrar vontade, mas sem qualidade, a boa fase transformou o argentino de "quase gol" (apelido com o qual era conhecido no país natal) em candidato a "novo Tevez".
Herrera, porém, parou de balançar as redes. Seu último tento ocorreu em junho, contra a Ponte Preta. Acosta também está zerado. Só Dentinho marcou neste mês -três vezes.
Até a decisão da Copa do Brasil, contra o Sport, os três tinham média de 0,86 gol por partida. O primeiro jogo da decisão (3 a 1), aliás, foi o único em que os três atacantes marcaram na mesma partida. Depois da perda do título, esse número despencou para 0,57.
"Estamos tendo chances, mas futebol não são chances, é bola na rede", disse o técnico corintiano, após a derrota por 1 a 0 para o Bahia, ressaltando as oportunidades desperdiçadas.
A irregularidade do ataque ganhou mais relevância depois da perda da Copa do Brasil.
Após a derrota por 2 a 0, que custou ao clube o título, o Corinthians jogou sete vezes pela Série B, com três vitórias, três empates e uma derrota. Aplicou duas goleadas (4 a 1 no Brasiliense e 5 a 0 no Marília), mas, nas outras cinco partidas, não conseguiu marcar mais que um gol em cada confronto.


NA TV - Ceará x Corinthians
Sportv (menos CE), ao vivo, às 20h30



Texto Anterior: Metrô de Pequim sofre conseqüência dos Jogos
Próximo Texto: Mano pede calma e treina arremates
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.