São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Grandes duelos


Brasil estréia na fase decisiva da Liga contra a Rússia e pode ter de encarar os EUA na semifinal ou na final no Rio

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O VÔLEI VAI ferver nesta semana no Rio de Janeiro com a disputa da fase final da Liga Mundial. Será a última grande competição antes dos Jogos de Pequim. Três dos seis finalistas são candidatos ao ouro olímpico: Brasil, EUA e Rússia. As outras três seleções participantes são Sérvia, Polônia e Japão.
Amanhã, na estréia, a seleção brasileira já pega a maior pedreira: enfrenta a Rússia, um time que aposta muito nas forças do saque e do bloqueio. Para se ter uma idéia, só no último jogo contra a Coréia do Sul, os russos fizeram dez pontos de saque.
É impressionante essa marca.
Uma das revelações da Rússia é Maxim Mikhaylov, de 20 anos e 2,03 m. O menino também tem um saque poderoso. No jogo contra os sul-coreanos, ele seguiu o embalo do time e soltou o braço: marcou seis pontos.
Para o Brasil, que ainda busca mais ritmo de jogo para a Olimpíada, vai ser um bom teste, principalmente para verificar a eficiência do passe. A seleção, que tem como diferencial a velocidade do ataque, depende muito de uma boa recepção e de boas atuações de seus levantadores.
O segundo rival do Brasil é o Japão, na sexta-feira. O time só vai disputar a fase final porque foi convidado pela federação internacional. Um presente duvidoso já que os japoneses vieram do Oriente para jogar no Rio e, em seguida, já vão para Pequim. Programação dura. Sem chances de medalha, o Japão veio mais para figuração, embora o time, para surpresa geral, tenha o melhor atacante da Liga Mundial.
Kunihiro Shimizu, 21 anos e 1,94 m, lidera as estatísticas no ataque. Brasil e Rússia devem disputar as semifinais com os dois classificados da chave de EUA, Polônia e Sérvia.
Os americanos são os favoritos. A Sérvia, que cresceu muito nos últimos jogos, vai lutar pela outra vaga com a Polônia, que tem feito uma temporada um tanto irregular.
Vale lembrar que o time que o Brasil tradicionalmente tem mais dificuldade de vencer é o dos EUA. Por isso, seria um bom treino um jogo contra os americanos antes da Olimpíada. As únicas possibilidades são na semifinal ou na final da Liga.

ADOLESCENTE CUBANO
A seleção cubana não se classificou para a fase final da Liga Mundial, mas causou sensação com o jogador mais novo da competição: Leon Wilfredo, que completa 15 anos no próximo dia 31. O jogador foi o maior pontuador de sua equipe, com 18 pontos, na derrota de Cuba para a Itália no último fim de semana.

ESPERANÇA ITALIANA
Mesmo fora da fase final, os italianos comemoram: foi a primeira vez, em cinco anos, que a seleção européia venceu oito partidas, em 12 disputadas, durante a fase de classificação da Liga. Em Pequim, o time faz planos de chegar ao pódio.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: Vôlei de praia: Ricardo torce o pé e desfalca dupla
Próximo Texto: Pequim 2008/Natação e maratona aquática: Tecnologia e talento
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.