Seleção de vôlei, a melhor da 1ª fase, encara a etapa final da Liga Mundial

Técnico diz que, além dele, Escadinha, Rodrigão e Giba terão a incumbência de, nas partidas na Sérvia, passar tranquilidade aos calouros

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez em sua passagem pela seleção brasileira masculina, Bernardinho testará uma nova geração em uma fase final de Liga Mundial.
Desde 2001 no cargo, o técnico conquistou seis títulos com um grupo que era formado por remanescentes da época dos treinadores José Roberto Guimarães e Radamés Lattari.
Após a derrota para os Estados Unidos na final da Olimpíada de Pequim, no ano passado, e a aposentadoria de alguns atletas, o treinador foi forçado a renovar a equipe.
Dos 14 convocados para disputar a fase final, que começa hoje, na Sérvia, apenas cinco jogadores (Bruno, Escadinha, Giba, Murilo e Rodrigão) possuem experiência em decisões de Liga Mundial.
A seleção faz a sua estreia pelo Grupo F contra Cuba, amanhã, às 12h30, na Beogradska Arena, em Belgrado. A abertura da fase final da Liga será hoje, com Argentina x Cuba.
"Os mais novos, com certeza, sentirão o peso de disputar pela primeira vez um título da importância da Liga Mundial. Mas tanto eu quanto os veteranos, como Giba, Escadinha e Rodrigão, somos os responsáveis por tentar deixá-los mais tranquilos", disse Bernardinho.
Apesar da melhor campanha na fase classificatória, com 11 vitórias em 12 partidas, o treinador descarta o favoritismo.
"É impossível repetir o Brasil dominador e quase invencível [da geração anterior]. Foram oito anos especiais, em que comissão técnica e elenco conviveram com poucas mudanças e lesões", analisou ele.
Para compor o grupo, Bernardinho utilizou jogadores experientes, como o ponta João Paulo Bravo, 30, que foram preteridos nos últimos anos.
"A maioria dos nossos atletas tem experiência, porque muitos já disputaram várias finais de Nacionais. Quando passar os cinco minutos iniciais do primeiro jogo nesta fase final da Liga, essa tensão vai passar", disse o meio de rede Rodrigão.
Mesmo com pouca experiência, o levantador Bruno, 23, não teme a responsabilidade. "Essa nova geração está sendo rotulada como favorita pelos resultados de outros anos e pela campanha na primeira fase. Isso é normal", declarou ele, que é filho de Bernardinho e foi reserva de Marcelinho na fase final da última Liga Mundial, no Rio.
Um dos destaques da seleção no início do campeonato, o ponta Thiago Alves, 22, lembra a fragilidade dos adversários da fase classificatória, quando o Brasil enfrentou Polônia, Finlândia e Venezuela. "Os testes acabaram. Agora, quando entrarmos em quadra, vamos enfrentar adversários de alto nível técnico, que nos exigirão."
Outra seleção que passa por uma renovação nesta fase final de Liga é a dos Estados Unidos. Os campeões olímpicos estreiam hoje contra a seleção anfitriã, pelo Grupo E -que conta ainda com a Rússia.
"Conseguimos um grande resultado ao garantir a vaga para as finais. Precisamos jogar no limite para seguir entre os melhores", disse o técnico do time norte-americano, Alan Knipe.
Com sete títulos, o Brasil tenta igualar a Itália na Liga Mundial, com oito triunfos. Os italianos foram eliminados na fase classificatória.


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