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Luxemburgo volta à Vila e aguarda clima amistoso
Treinador, em sua quarta passagem pelo Santos, estreia contra o Atlético-PR e pede paciência à torcida com o time
Técnico diz que palco de recentes tropeços da equipe e protestos de torcedores tem que voltar a ser temido pelos adversários santistas
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Uma Vila Belmiro amigável é
o que Vanderlei Luxemburgo
espera encontrar hoje à noite,
em sua estreia no comando do
Santos, contra o Atlético-PR.
Nos últimos meses, a casa
santista deixou de ser temida
pelos adversários. Em maio, em
seu estádio, o Santos foi eliminado da Copa do Brasil pelo
modesto CSA (derrota por 1 a
0) e perdeu a primeira partida
da decisão do Paulista para o
Corinthians (3 a 1).
"O adversário terá que pedir
licença para jogar aqui. É a nossa casa", disse Luxemburgo.
No Nacional, o desempenho
santista atuando em seu domínio também deixa a desejar.
Foram duas vitórias, dois empates e uma derrota -aproveitamento de 53,3%.
Quem tem sofrido na Vila são
os próprios jogadores santistas.
Na semana passada, eles foram
recebidos com ovos e pipoca
antes do jogo contra o Barueri,
que terminou empatado (3 a 3).
"Tem que ter calma, a torcida
vai ter que entender nosso lado,
não adianta vaiar. Temos que
criar uma ambiente propício.
Tem que ser uma equipe aguerrida, porque o torcedor gosta
disso", receitou o treinador.
A necessidade de o time fazer
a Vila Belmiro voltar a ser temida pelos oponentes foi assunto
da primeira conversa do técnico com os jogadores.
"Estávamos sofrendo em jogar aqui. Temos que recuperar
isso. A força maior do Santos é
jogar aqui. Eles [os rivais] é que
vão ter que sofrer", declarou o
volante Rodrigo Souto.
Ontem, o treinador comandou um coletivo e promoveu
mudanças na equipe que foi
derrotada no domingo por 2 a 1
pelo São Paulo, no Morumbi.
A primeira delas foi a saída
do goleiro Douglas, titular desde que Fábio Costa se machucou, há cinco rodadas.
Felipe, 21, que recentemente
voltou ao clube após ter sido
emprestado para a Portuguesa
Santista, será o titular. Ele era
só a quarta opção de Mancini.
"Felipe foi meu jogador
quando estava aqui. Acho ele
meio parecido com o Lenny
[atacante do Palmeiras], acho
que ele tem que se divorciar do
pai e saber que tem a vida pela
frente. Eu me divorciei com 14
anos da minha mãe", falou Luxemburgo, que no começo do
ano, no comando do Palmeiras,
disse que Lenny precisava deixar de ser tratado pelos avós
para crescer como atleta.
Ontem, a equipe titular que
iniciou o treino tinha três volantes (Rodrigo Souto, Roberto
Brum e Germano), dois meias
(Madson e Róbson) e só Roni
no ataque. Na metade do treino, Luxemburgo colocou Paulo
Henrique, o Ganso, e Neymar.
Sacou Brum e Róbson.
"Ainda não decidi o time. Estou trabalhando para a equipe
não ficar vulnerável. Tem que
estar compacta. A marcação começa no ataque, Madson, Róbson e Roni vão ter que marcar",
falou o treinador. Santos e Náutico têm a pior defesa do torneio, com 26 gols sofridos.
Na tentativa de lotar a Vila, a
diretoria santista fez uma promoção. Mulheres e crianças até
12 anos pagarão meia-entrada.
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