São Paulo, quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Luxemburgo volta à Vila e aguarda clima amistoso

Treinador, em sua quarta passagem pelo Santos, estreia contra o Atlético-PR e pede paciência à torcida com o time

Técnico diz que palco de recentes tropeços da equipe e protestos de torcedores tem que voltar a ser temido pelos adversários santistas

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Uma Vila Belmiro amigável é o que Vanderlei Luxemburgo espera encontrar hoje à noite, em sua estreia no comando do Santos, contra o Atlético-PR.
Nos últimos meses, a casa santista deixou de ser temida pelos adversários. Em maio, em seu estádio, o Santos foi eliminado da Copa do Brasil pelo modesto CSA (derrota por 1 a 0) e perdeu a primeira partida da decisão do Paulista para o Corinthians (3 a 1).
"O adversário terá que pedir licença para jogar aqui. É a nossa casa", disse Luxemburgo.
No Nacional, o desempenho santista atuando em seu domínio também deixa a desejar. Foram duas vitórias, dois empates e uma derrota -aproveitamento de 53,3%.
Quem tem sofrido na Vila são os próprios jogadores santistas. Na semana passada, eles foram recebidos com ovos e pipoca antes do jogo contra o Barueri, que terminou empatado (3 a 3).
"Tem que ter calma, a torcida vai ter que entender nosso lado, não adianta vaiar. Temos que criar uma ambiente propício. Tem que ser uma equipe aguerrida, porque o torcedor gosta disso", receitou o treinador.
A necessidade de o time fazer a Vila Belmiro voltar a ser temida pelos oponentes foi assunto da primeira conversa do técnico com os jogadores.
"Estávamos sofrendo em jogar aqui. Temos que recuperar isso. A força maior do Santos é jogar aqui. Eles [os rivais] é que vão ter que sofrer", declarou o volante Rodrigo Souto.
Ontem, o treinador comandou um coletivo e promoveu mudanças na equipe que foi derrotada no domingo por 2 a 1 pelo São Paulo, no Morumbi.
A primeira delas foi a saída do goleiro Douglas, titular desde que Fábio Costa se machucou, há cinco rodadas.
Felipe, 21, que recentemente voltou ao clube após ter sido emprestado para a Portuguesa Santista, será o titular. Ele era só a quarta opção de Mancini.
"Felipe foi meu jogador quando estava aqui. Acho ele meio parecido com o Lenny [atacante do Palmeiras], acho que ele tem que se divorciar do pai e saber que tem a vida pela frente. Eu me divorciei com 14 anos da minha mãe", falou Luxemburgo, que no começo do ano, no comando do Palmeiras, disse que Lenny precisava deixar de ser tratado pelos avós para crescer como atleta.
Ontem, a equipe titular que iniciou o treino tinha três volantes (Rodrigo Souto, Roberto Brum e Germano), dois meias (Madson e Róbson) e só Roni no ataque. Na metade do treino, Luxemburgo colocou Paulo Henrique, o Ganso, e Neymar. Sacou Brum e Róbson.
"Ainda não decidi o time. Estou trabalhando para a equipe não ficar vulnerável. Tem que estar compacta. A marcação começa no ataque, Madson, Róbson e Roni vão ter que marcar", falou o treinador. Santos e Náutico têm a pior defesa do torneio, com 26 gols sofridos.
Na tentativa de lotar a Vila, a diretoria santista fez uma promoção. Mulheres e crianças até 12 anos pagarão meia-entrada.


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