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Mesmo após pito, SP está sem estádio
Indefinição sobre a cidade na Copa se mantém apesar de crítica de Lula
EDUARDO OHATA
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
Em uma reunião inócua de
mais de duas horas no Palácio dos Bandeirantes, o presidente do Comitê Organizador
Local, Ricardo Teixeira, o governador Alberto Goldman e
o prefeito Gilberto Kassab nada definiram sobre a arena
paulista para a Copa-2014.
Mas a CBF, durante o evento, vinculou o congresso técnico e o centro de imprensa à
abertura ou à final do Mundial. Prefeitura e Estado têm
interesse no evento e na estrutura, pois atraem à cidade
um número grande de turistas com dinheiro para gastar.
A falta de resultados do
encontro contraria a posição
do presidente Lula, que, durante evento em Brasília no
início da semana, alertou
que "o tempo urge". Ele
acrescentara estar disposto a
"entrar nessa conversa [sobre o status de São Paulo]".
Mas, na manhã de ontem,
o tema arenas da Copa não
foi discutido em profundidade segundo os participantes
da reunião. Ao contrário.
"Não se falou em estádio.
Não se falou objetivamente,
mas genericamente", disse
Teixeira, ao ser questionado
sobre o teor da reunião. "Falou-se de São Paulo ter grande participação em 2014. Faremos o máximo para trazer a
abertura a São Paulo. É o desejo do COL e o da Fifa."
O cartola comentou que os
esforços nas próximas semanas serão direcionados a definir a situação de São Paulo.
Com a exclusão do estádio
do Morumbi do itinerário da
Copa-2014, surgiram como
opções a nova arena do Palmeiras e o Pacaembu. Mesmo com o veto da Fifa, Goldman defendeu o Morumbi.
Mas, diante da indefinição, o político deixou todas
as possibilidades abertas.
Afirmou que seriam analisadas todas as alternativas
existentes e até mesmo aquelas que possam vir a existir.
Na segunda-feira, Teixeira
citou, em Brasília, o projeto
do estádio em Pirituba, que
ontem foi descartado pelo
governador em exercício.
Goldman e Kassab, ontem,
reiteraram que não haverá
dinheiro público de estado
ou município disponibilizado para a construção de novos estádios para o Mundial.
O mesmo mantra foi repetido no governo federal. E a
"participação na discussão"
paulista a qual Lula se referiu
será "só política, não financeira", segundo esclareceu
sua assessoria de imprensa.
Teixeira deixou o Palácio
dos Bandeirantes às pressas,
enquanto Goldman e o prefeito paulistano ainda ocupavam o púlpito e respondiam
a perguntas dos jornalistas.
Segundo assessoria de Teixeira, o congresso técnico e o
centro de imprensa "normalmente" ficam no local da final ou da abertura da Copa.
Argumentou que não faria
nenhum sentido estar em outro local, já que forçaria deslocamento desnecessário de
jornalistas e cartolas que tradicionalmente se reúnem no
lugar da abertura ou da final.
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