São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Ricardinho espera definição hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians e o procurador do meia Ricardinho, Rubens Pozzi, sentam-se mais uma vez à mesa hoje para tentar por um fim ao imbróglio que envolve a negociação do jogador.
Irritado com a indefinição, Pozzi se limitou a dizer ontem que espera uma posição definitiva dos dirigentes corintianos para anunciar qual será o destino do meia.
São Paulo, Cruzeiro e o próprio Corinthians lutam para ter Ricardinho como reforço no Brasileiro.
Até a noite de anteontem, o São Paulo levava vantagem na negociação, apesar de a diretoria corintiana afirmar que desconhecia a proposta do clube do Morumbi.
Mas, na manhã de ontem, o vice-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, ligou para Ricardinho, em Fortaleza (CE), onde o jogador atuou pela seleção brasileira, e endossou a oferta que havia feito ao procurador do atleta no dia anterior.
"O Ricardinho disse que quer ir para o Cruzeiro. Basta o Corinthians aceitar a nossa proposta", disse Perrella, sem divulgar os valores da negociação.
A receptividade de Ricardinho à oferta do Cruzeiro foi consentida pelo procurador do meia na reunião de anteontem no Parque São Jorge, segundo apurou a Folha.
Antes de apresentar sua proposta aos corintianos, Perrella conversou com Pozzi, que se interessou pela oferta, apesar de o dirigente mineiro ter afirmado que o valor é inferior ao do São Paulo.
Para jogar no Morumbi por quatro anos, Ricardinho ganharia R$ 160 mil mensais no primeiro ano, R$ 180 mil no segundo e no terceiro e R$ 190 mil na última temporada. De luvas, paralelamente, o meia receberia R$ 1,25 milhão nos dois primeiros anos e US$ 1,25 milhão, no terceiro.
Para ter jogador, o Cruzeiro teria de pagar ao Corinthians R$ 6 milhões. O time mineiro estaria interessado em comprar apenas metade do passe do meia.
A transferência de Ricardinho para o time mineiro evitaria o desgaste do jogador com a torcida do Corinthians, que, caso contrário, teria de aceitar a ida de um de seus atuais ídolos para o rival.
O próprio vice de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, afirmou que a proposta do clube não é compatível à empreitada dos dois outros concorrentes.
O time do Parque São Jorge oferece ao meia 40% de seus direitos federativos, caso ele seja negociado após a Taça Libertadores de 2003 -o contrato de Ricardinho com o clube termina em 2004.
Apesar de Corinthians e Cruzeiro não terem chegado a um acordo anteontem, o time paulista ainda pode aceitar a oferta dos mineiros. "Esperamos resolver isso o mais rapidamente, contrapondo as propostas que estão colocadas", disse Citadini.


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