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TÊNIS
Brasileiro estréia contra Boutter, a quem nunca venceu, e pode pegar Safin, vice-líder do ranking, na segunda rodada
Guga tem chave difícil no Aberto dos EUA
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a condição de cabeça-de-chave, Gustavo Kuerten enfrenta
uma chave difícil no Aberto dos
EUA, que começa na segunda.
Fora de ação desde a derrota em
seu primeiro jogo no Masters Series de Cincinnati, no dia 6 de
agosto, o brasileiro estréia contra
o francês Julien Boutter, 54º colocado no ranking de entradas.
Nas duas vezes em que Guga e
Boutter se enfrentaram, o francês
venceu. O último confronto foi na
estréia no Aberto da Austrália, em
janeiro. Tanto o Grand Slam americano como o australiano são
disputados em quadra dura.
"É um jogo difícil, mas também
em torneios como esse não tem
muito o que escolher. Nas duas
vezes que a gente jogou, eu perdi,
mas treinei bem e estou feliz em
poder participar do último Grand
Slam do ano", disse Kuerten, 25.
Se conseguir uma vitória inédita
sobre Boutter, Guga deve enfrentar na segunda rodada o russo
Marat Safin, segundo colocado no
ranking e na Corrida dos Campeões, que considera somente os
resultados da temporada. Em
2000, Safin foi o campeão, e no
ano passado, semifinalista.
A possibilidade de Guga enfrentar o vice-líder dos rankings da
ATP acontece pelo fato de o brasileiro não ser cabeça-de-chave.
É a primeira vez desde o Aberto
da Austrália-99 que ele enfrenta
esta situação em Grand Slams.
Guga não foi incluído entre os
32 favoritos por causa de sua má
colocação no ranking (46ª).
Se estivesse entre os cabeças-de-chave, o brasileiro poderia enfrentar outro adversário na mesma condição apenas na terceira
rodada do torneio americano.
Em 2001, Kuerten, cabeça-de-chave número um, só pegou outro favorito (o russo Ievguêni Kafelnikov, sétimo) nas quartas-de-final, quando foi eliminado.
A campanha do ano passado,
assim como a de 1999, é a melhor
em cinco participações de Guga
no Grand Slam americano.
Além da chave difícil, o brasileiro luta contra os problemas de
adaptação em quadra dura.
Desde a cirurgia no quadril direito, em fevereiro, Kuerten só
disputou cinco partidas no piso,
com apenas duas vitórias.
O brasileiro chegou a desistir do
jogo contra o romeno Andrei Pavel, na estréia do Masters Series de
Toronto, alegando cansaço e fraqueza na perna direita. A atitude
gerou críticas públicas do técnico
Larri Passos ao atleta.
A dupla reservou as duas semanas anteriores ao Aberto dos EUA
só para os treinos. Com isso, Guga
deixou de defender pontos em Indianápolis, na semana passada, e
caiu ainda mais no ranking.
Larri afirmou estar confiante na
preparação. "Passamos umas 36
horas em quadra, e o Guga fez
muito bem o trabalho dele."
Ontem pela manhã, eles fizeram
o último treino em Florianópolis,
no qual priorizaram o saque-voleio e a devolução de serviço.
Guga e Larri viajariam ontem
para Nova York e já devem treinar
hoje. "Vamos antes para já treinarmos lá, com as bolas do torneio, as quadras e com a temperatura ambiente", afirmou Larri.
Outros três brasileiros jogam o
torneio nos EUA. André Sá estréia
contra Feliciano Lopez (ESP);
Fernando Meligeni, contra Agustin Calleri (ARG), e Flávio Saretta,
contra Kenneth Carlsen (DIN).
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