São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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FUTEBOL

Time, que não contou com Kaká e Rogério, é derrotado pelo Juventude e agora ocupa a vice-liderança do Brasileiro

Sem estrelas, São Paulo perde a primeira

Fernando Santos/Folha Imagem
Lance da partida em que o São Paulo, jogando em casa, sofreu sua primeira derrota no Brasileiro


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo sentiu ontem a falta de seus dois principais jogadores e acabou sofrendo sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro: 1 a 0 para o Juventude, no estádio do Morumbi.
Sem o goleiro Rogério e o meia-atacante Kaká, que participaram do amistoso do Brasil contra o Paraguai, em Fortaleza (CE), o time paulista perdeu também a liderança do Nacional para a equipe de Caxias do Sul. O Juventude tem agora dez pontos, enquanto o São Paulo se mantém com nove, na segunda colocação.
O Juventude começou melhor que o time da casa. Logo aos 4min, conseguiu seu gol. Após cobrança de falta pela direita, o atacante Edmílson cabeceou a bola rente ao chão. Roger não conseguiu segurar, e, no rebote, o volante Élder tocou para a rede.
Foi a primeira vez neste Brasileiro que o time do Morumbi se viu em desvantagem diante de seu adversário. Nos três jogos anteriores, contra Paysandu, Gama e Paraná, a equipe paulista saiu na frente no marcador.
Com a vantagem conquistada logo no início de jogo, o Juventude recuou e deixou o São Paulo dominar a posse de bola e pressionar na tentativa do empate. Quando o São Paulo atacava, apenas Ameli, Jean e o goleiro Roger, permaneciam na defesa.
O time de Caxias, no entanto, não aproveitava os espaços para tentar o contra-ataque e limitava-se a afastar a bola de sua área.
Em algumas oportunidades, os gaúchos se defendiam com até oito jogadores dentro de sua área.
O Juventude, além da jogada que originou o gol, não criou mais nenhum lance de perigo para a defesa são-paulina na primeira etapa da partida.
Sem Kaká, que vinha sendo o destaque do São Paulo no Brasileiro, o volante Júlio Baptista começou jogando mais à frente. Com a distância entre os setores de meio-campo e ataque, Reinaldo e Luís Fabiano, que perdeu pelo menos duas chances de empatar a partida, recuavam para tentar ajudar na armação.
As duas melhores oportunidades de fazer o primeiro gol são-paulino aconteceram em chutes do meia Adriano, o substituto de Kaká no jogo de ontem.
"Estamos tocando bastante a bola, mas está faltando o último passe para conseguir fazer o gol", analisou o jogador são-paulino ao fim da etapa inicial.
Para tentar o empate, o técnico do São Paulo, Oswaldo de Oliveira, mudou sua equipe. Ele tirou Júlio Baptista para a entrada de um terceiro atacante: Oliveira.
A alteração não surtiu efeito. O São Paulo continuava sem criar chances efetivas de marcar seu gol e passou a errar os passes no ataque. A equipe gaúcha, ao contrário do que fazia no primeiro tempo, explorava os espaços deixados pelo São Paulo e levava perigo nos contra-ataques.
Aos 12min da segunda etapa, a tarefa do São Paulo ficou mais difícil. O lateral-esquerdo Jorginho perdeu a bola na intermediária do campo do Juventude, que armou o contragolpe. Apenas o zagueiro Ameli estava no campo de defesa do time do Morumbi. O argentino perdeu na corrida para os atacantes do time gaúcho, deu um carrinho para tentar conter o ataque e cometeu falta no atacante Edmílson, que já estava quase dentro da área do São Paulo.
O árbitro Wilson de Souza Mendonça expulsou o defensor da agremiação paulista.
Com um a menos, o São Paulo já não conseguia ficar com a bola nem pressionava o Juventude.
Aos 37min, o volante Camazzola, da equipe gaúcha, levou seu segundo cartão amarelo e foi expulso. O jogador havia tomado o primeiro logo ao entrar no jogo -o juiz entendera que o atleta fez "cera" ao demorar para entrar no campo, ao substituir Itaqui.
Com a igualdade numérica, Oswaldo de Oliveira arriscou para tentar o empate ao colocar Leandro Alves -o quarto atacante do time no jogo-, mas novamente a alteração foi improdutiva.
O próximo confronto do time paulista no Campeonato Brasileiro será no sábado, diante do Internacional, em Porto Alegre.



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