DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 32 anos, o norte-americano Pete Sampras, o tenista mais vitoriosa da história, vai anunciar, na próxima segunda-feira, sua retirada oficial das quadras.
O discurso de despedida vai acontecer na solenidade de inauguração do Aberto dos EUA, competição que ganhou cinco vezes e na qual jogou pela última vez na edição do ano passado.
Desde então Sampras abriu mão do circuito, mas sem decidir se realmente iria parar.
O aviso da sua despedida oficial foi discreto, marca da sua carreira. Em um singelo e-mail, seus representantes confirmaram o que já se especulava havia tempo.
Em um esporte sedento por marketing e badalação, Sampras pouco falava e, com seus uniformes quase sempre brancos, só chamava atenção pelas vitórias.
Sampras pendura a raquete com recordes que vão demorar para cair no tênis. O mais importante deles é o de títulos de Grand Slam. Foram 14 no total, sendo sete na grama de Wimbledon, cinco no Aberto dos EUA e outros dois no Aberto da Austrália. No total, o americano ganhou 64 taças.
A aposentadoria relativamente precoce também não vai tirar dele a vida de milionário. Só em prêmios, o jogador faturou mais de US$ 43 milhões na carreira. Nenhum outro tenista conseguiu passar da barreira dos US$ 30 milhões em premiação.
O americano deixa o tênis com o esporte bem diferente do seu apogeu. Nos seus anos de ouro, na década de 90, Sampras era soberano -terminou seis temporadas como líder do ranking de entradas. Hoje, pelo menos cinco tenistas lutam por essa condição.
Uma das poucas decepções da carreira do atleta descendente de gregos aconteceu em Roland Garros. Seu estilo de saque e voleio nunca se adaptou às lentas quadras de saibro de Paris, onde nem mesmo chegou a uma decisão e acumulou derrotas para uma penca de tenistas medíocres.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: "Chato" leva um ano para reconhecer que parou
Índice