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POLÍTICA
Pelé diz que Rio-2016 é incentivo para esportes
Ex-atleta elogia time feminino e critica o masculino
EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
Apesar do desempenho do
Brasil em Pequim -o país tinha
até o início da noite de ontem
oito medalhas, sendo uma de
ouro-, Pelé crê que a candidatura a sede dos Jogos-2016 já
provocou um impacto positivo.
Segundo Pelé, que foi à China
como embaixador da candidatura (prefere o termo "voluntário"), ""só o fato de o Brasil ser
candidato já incentiva os atletas a se prepararem melhor para competições". Ele cobrou
apoio do governo às modalidades amadoras. ""Não é só a candidatura a responsável por uma
boa performance dos atletas."
""Espero que, nos outros esportes [fora o futebol], o governo tenha consciência e passe a
apoiá-los. Mesmo sem muito
apoio do governo, o Brasil vem
se destacando nos esportes."
O governo federal dirigiu ao
esporte de alto rendimento, fora o futebol, mais de R$ 1,2 bilhão no último ciclo olímpico.
Pelé já mostrou trabalho como embaixador. Ao responder
a um jornalista mexicano, usou
argumento que ouvira de Carlos Roberto Osório, secretário-geral do COB e da comissão de
candidatura Rio-2016.
Osório defendera que uma
vitória do Brasil seria dos países sul-americanos. Pelé estendeu as fronteiras para a América Latina. ""Somos da mesma
família [brasileiros e mexicanos]. Aproveito para pedir aos
mexicanos que comecem a
apoiar o Brasil", pediu Pelé.
Ele criticou a seleção masculina de futebol e elogiou a feminina. ""[No masculino] tínhamos bons jogadores, mas nunca
haviam jogado juntos. Pecou-se na preparação. É um prazer
ver a Marta, a Cristiane. Mereciam pelo menos o empate."
Ele diz que há uma precipitação na definição de craques.
""No Brasil, tem que parar com a
mania de fazer craques antes de
eles estarem preparados. Agora, o jogador faz um jogo, faz
um gol, e já está na seleção."
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