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São Paulo impulsiona o Palmeiras contra o Inter
Muricy exige vitória para time não chegar atrás do rival no clássico do dia 30
Presidente e técnico pedem apoio da torcida hoje, no Parque Antarctica, onde a equipe alviverde fraquejou contra Grêmio e Botafogo
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O adversário de hoje, às
18h30, no Parque Antarctica é o
Internacional, rival direto na
disputa pela liderança do Brasileiro. Mas o time que tira o sono
de todos no Palmeiras (da torcida ao técnico, dos jogadores
ao presidente) é o São Paulo.
A escalada do rival na classificação motiva o Palmeiras, que
vai ao Morumbi daqui a oito
dias, no dia 30. "Quando os adversários estão próximos, é hora de vencer para se afastar deles", disse o técnico Muricy Ramalho, ontem. "Temos dois jogos assim, duas decisões."
A distância entre Palmeiras e
São Paulo é de apenas um ponto. Começam a rodada como líder e vice, respectivamente.
O clube alviverde vem de
quatro tropeços: empatou com
Grêmio, Atlético-MG e Botafogo e perdeu para o Coritiba. A
equipe do Morumbi venceu
seus últimos sete confrontos.
"O campeonato é longo, e todos os times oscilam. Mas nossa hora já passou", comentou
Muricy. "O jogo contra o Inter
pode ser o do título."
Prevendo ansiedade e até alguma hostilidade da torcida no
Parque Antarctica, onde o time
tem encontrado dificuldade para vencer, o presidente Luiz
Gonzaga Belluzzo afirmou que
só "palmeirenses corajosos"
devem ir ao estádio.
Muricy também pediu ajuda.
"A torcida precisa entender que
vamos lutar pelo título", comentou ele. "Precisamos de
mais apoio do que nunca."
Há uma semana, quando o time empatou com o Botafogo (1
a 1), parte da torcida pediu a cabeça de Muricy e a volta de Jorginho ao cargo de treinador.
O ex-técnico são-paulino
completa hoje sua sétima partida à frente do Palmeiras. Alcançará o mesmo número de jogos,
no Brasileiro, que os antecessores Vanderlei Luxemburgo e
Jorginho -o ex-interino é hoje
um de seus auxiliares.
Mesmo com vitória, porém,
não conseguirá superar o desempenho deles. Com Luxemburgo, o Palmeiras disputou sete partidas e conseguiu 12 pontos -ou 57,1% de aproveitamento. E tinha a desculpa de
estar disputando a Taça Libertadores simultaneamente às
primeiras rodadas do Nacional.
Com Jorginho, o time disparou e chegou à ponta. Foram 16
pontos em 21 possíveis -aproveitamento de 76,2%, que, se
mantido até o final do torneio,
levaria o time ao título.
Muricy, até agora, conquistou metade dos pontos que disputou (9 em 18). Se ganhar do
Internacional, conseguirá se
igualar a Luxemburgo. "A torcida tem que apoiar o Palmeiras,
não o Muricy", defendeu-se,
ontem. "Eu não sou um time."
Sob o comando do novo técnico, a produção ofensiva do
Palmeiras caiu. E o técnico avisou que não será hoje o dia da
recuperação. "O time está finalizando mal mesmo, o presidente tem razão", comentou.
Belluzzo havia se queixado da
falta de pontaria do time.
"Mas o único jeito de corrigir
isso é treinando muito. E, jogando quarta e sábado, não tem
como", justificou-se Muricy.
"Não fiz nenhum treino de finalização nesses dias porque
não deu tempo, senão você arrebenta o jogador", afirmou.
O técnico celebrou o fato de
ter a próxima semana inteira
para treinar. Afinal, o adversário seguinte será o São Paulo.
NA TV - Palmeiras x Internacional
Sportv (menos SP), às 18h30
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