MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez o Palmeiras perdeu. O time paulista completou um mês sem vencer ontem, quando foi batido pelo Figueirense, por 1 a 0, em Florianópolis.
Dia 22 de agosto, no Parque Antarctica, o Palmeiras ganhou sua primeira e última partida no Brasileiro-2002: 3 x 2 contra o São Caetano, na estréia do já ex-treinador Flávio Teixeira, o Murtosa.
De lá para cá, o time paulista mudou de técnico, mas a rotina foi a mesma: nove rodadas sem ganhar. De degrau em degrau, o time desceu até o último posto da tabela, lugar incômodo que sustenta desde a rodada passada.
Após a derrota para a Ponte Preta na quarta-feira, a crise parecia não poder piorar, mas piorou.
Nos dias que sucederam aquela partida, Levir Culpi não comandou nenhum treino tático. O time tentou adotar o silêncio como arma, porém o próprio técnico rompeu o pacto ao esbravejar contra a notícia que recebeu do médico do clube: Marcos não viajaria para Florianópolis.
Além do goleiro, Zinho e Arce, também com dores musculares, desfalcaram o time paulista.
Apesar do resultado negativo da rodada anterior, Levir Culpi resolveu manter o esquema 3-5-2. Mas com duas novidades: Sérgio no gol, e Lopes no meio-campo -Juninho perdeu a vaga.
O time demonstrou pouca evolução em relação ao jogo anterior. Com passes errados (72), as jogadas de ataque pouco perigo levavam ao gol adversário. As melhores chances do Palmeiras aconteceram em chutes de fora da área, como aconteceu logo aos 6min, com Nenê. O atacante recebeu de Alexandre e arriscou de longe, mas Edson Bastos fez boa defesa.
Os donos da casa responderam com mais qualidade quatro minutos depois. Lino fez boa jogada pela esquerda e cruzou para a área, na direção de Igor. Contudo Tiago Mathias fez o desvio antes da conclusão do adversário.
Aos 17min, outro susto para Sérgio. Igor tabelou com Lino, mas chutou por cima do gol.
Aos 20min, Dodô cobrou falta da esquerda e obrigou o goleiro rival a fazer ótima defesa, espalmando a bola para escanteio.
No contra-ataque que sucedeu a sequência de escanteios favoráveis ao Palmeiras, o Figueirense marcou -após chute de Thiago Gentil, Sérgio defendeu e soltou a bola, e Selmir empurrou para as redes-, mas o gol foi anulado porque o atleta estava impedido.
A partir daí, os times abusaram dos passes errados. O Palmeiras, melhor na marcação, parava com faltas -principalmente Flávio, o mais faltoso (seis)- os avanços do Figueirense. Após desperdiçar algumas cobranças, os donos da casa "aprenderam" no final do primeiro tempo. Da intermediária, Lino levantou a bola na área. Selmir desviou de cabeça e abriu o placar aos 39min.
Leonardo quase descontou com um chute cruzado, mas Edson Bastos defendeu com as pernas a última chance do Palmeiras na primeira etapa da partida.
Os dois times voltaram do intervalo sem modificações. O jogo também. Apesar de não ser muito superior, o Figueirense atacava e finalizava mais -21 contra 13.
Selmir perdeu grande chance aos 4min. Sozinho na área, o atacante recebeu da esquerda, mas cabeceou para fora. Aos 6min, o atacante foi parado por Sérgio, que saiu bem do gol e impediu o segundo gol dos catarinenses.
Levir, então, resolveu mudar. O volante Paulo Assunção saiu, e o meia Juninho entrou. Dodô deu a vaga a Muñoz. Até funcionou, mas o Palmeiras não saiu do zero.
Aos 16min, Juninho fez boa jogada pela esquerda e cruzou na área. Muñoz girou e pegou de primeira -a bola saiu acima do gol.
O Figueirense respondeu só aos 26min. Willian recebeu livre na área, mas chutou por cima do gol.
Feliz com o resultado, o Figueirense recuou. O Palmeiras avançava desordenadamente e sem sucesso. No minuto final, César salvou o Palmeiras de tomar o segundo gol. Lino chutou, e ele fez o desvio em cima da linha.


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