São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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BASQUETE

Vitória vale permanência do time feminino entre os 4 melhores do planeta

Brasil enfrenta Coréia para ir às semifinais do Mundial

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Contra um adversário perigoso, a Coréia do Sul, o Brasil busca uma vaga nas semifinais do Mundial feminino da China. Desde 1994, quando foi campeã mundial na Austrália, a seleção nacional tem se mantido entre as quatro principais equipes do planeta.
O jogo será disputado na madrugada de amanhã, às 2h (horário de Brasília), em Nanjing.
Nas quartas-de-final, a equipe brasileira entra na condição de favorita. O time derrotou a Austrália anteontem, por 75 a 74, feito que não conseguia em competições oficiais havia dez anos.
Com a vitória, terminou a segunda fase em primeiro lugar de seu grupo e enfrenta um adversário teoricamente mais frágil.
Além disso, caso supere seu rival de hoje, enfrentará, na semifinal, o vencedor do confronto entre China e Rússia. A seleção brasileira só pegará os EUA, atuais campeões mundiais e olímpicos, caso chegue à decisão.
A campanha brasileira é bem superior à das adversárias. A equipe do técnico Antonio Carlos Barbosa tem cinco vitórias e apenas uma derrota, para a Espanha.
Já a Coréia do Sul conquistou sua vaga nas quartas-de-final só na última rodada da segunda fase, após bater a Lituânia por 76 a 70.
O time conta com um retrospecto de três vitórias e três derrotas, o pior entre as seleções que ainda disputam o título.
Apesar da aparente fragilidade das rivais, as brasileiras temem os confrontos eliminatórios. Um tropeço significaria o fim do sonho de conquistar uma medalha.
"Daqui para frente tudo é mais difícil. Mas temos todas as condições de vencer os próximos adversários, começando pela Coréia do Sul. Se entrarmos com a mesma determinação que tivemos contra a Austrália, acredito que conseguiremos outra vitória", disse a ala-armadora Silvinha.
O Brasil guarda boas recordações dos confrontos contra as sul-coreanas. A seleção brasileira bateu a equipe asiática duas vezes em disputas por medalhas.
No Mundial de 1971, disputado em São Paulo, a seleção brasileira venceu as asiáticas por 70 a 63 e ganhou o bronze, conquistando sua primeira medalha no torneio.
No último confronto entre as duas equipes, há dois anos, pelos Jogos de Sydney (Austrália), o Brasil precisou de uma prorrogação para superar a Coréia do Sul.
No final, com 28 pontos da ala Janeth e 26 da pivô Alessandra, a seleção nacional venceu por 84 a 73 e ficou com o terceiro lugar.
Apesar disso, porém, é a Coréia do Sul quem leva vantagem contra o Brasil em jogos de Mundiais. Foram cinco partidas, com três vitórias das asiáticas, nas edições de 1975, 1983 e 1986, contra duas das sul-americanas, em 1971 e 1998.
"A Coréia do Sul vem fazendo uma campanha irregular neste Mundial. Mas é um adversário que costuma dificultar o jogo e merece todo nosso respeito", destacou o técnico Barbosa.
Na partida de hoje, a Coréia do Sul deve apostar nos arremessos de Yeong Ok-kim e Yeon Ha-beon, que estão entre as quatro atletas com melhor média de acerto na linha de três pontos.
No garrafão, porém, o domínio deve ser do Brasil. As sul-coreanas pegam, em média, só 24,8 rebotes por partida. As brasileiras estão entre as melhores no fundamento, com 37,3 bolas recuperadas sob a tabela a cada jogo.


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