DA REPORTAGEM LOCAL

O empate de ontem marcou o primeiro atrito entre o técnico Rojas e a torcida do São Paulo. Ontem, pela primeira vez, o técnico ouviu o coro de "burro" ao substituir Kléber por Rico aos 39min do segundo tempo.
A alteração, porém, foi pedida pelo próprio Kléber, que sentia dores musculares. O autor do primeiro gol são-paulino foi o mais caçado em campo, com 12 faltas recebidas. Mesmo assim, ao final do jogo, novamente Rojas foi hostilizado pelos torcedores. "Quando não vencemos, a torcida fica chateada, principalmente pela forma que sofremos o empate. O empate, sem dúvida, teve sabor de derrota", disse Ricardinho.
"Precisávamos desses três pontos e recuamos demais. Agora complicou muito a nossa vida. Para sermos campeões, temos de ter atenção nos mínimos detalhes", disse o volante Adriano.
Se no primeiro tempo os comandados de Rojas finalizaram seis vezes a gol, na etapa final, em vantagem no placar, esse número caiu pela metade. Foram nove finalizações ao todo, cinco a menos do que a média da equipe.
Do lado atleticano, o empate no último minuto não serviu para amenizar o clima entre os jogadores e o técnico Marcelo Oliveira. Scheidt e Lúcio Flávio reclamaram ao serem substituídos. "Tem comando no Atlético. Eles precisam saber disso", disse Oliveira.
Até Fábio Júnior, que quase deixou o time, reclamou. "Agora ele deve estar pensando na besteira que iria fazer", declarou o atleta, autor do gol de empate.



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