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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2003

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VÔLEI

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CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O império italiano começa a se reerguer. Depois de três anos sem títulos, a seleção masculina italiana voltou a conquistar o Campeonato Europeu e já sonha com a inédita medalha de ouro olímpica. Antes disso, porém, terá outro grande teste: a Copa do Mundo, em novembro, que vale três vagas para os Jogos de Atenas-2004.
O técnico Gian Paolo Montali assumiu o comando da seleção neste ano com a missão de fazer a Itália voltar a viver seus anos dourados. Na década de 90, o time foi tricampeão do mundo, mas em Olimpíadas o máximo que conseguiu foi a medalha de prata nos Jogos de Atlanta-96.
A decadência do império italiano começou a ser percebida no ano passado. O quinto lugar no Mundial da Argentina foi o sinal de alerta. O então técnico Andrea Anastasi foi substituído. Montali assumiu o comando e a Itália ficou em terceiro lugar na última Liga Mundial.
Montali, 43 anos e dono de cinco títulos italianos e dois mundiais por clube, não gostou da medalha de bronze. E foi ousado. O atacante Zlatanov, que havia sido titular na Liga, foi cortado. O experiente Giani foi deslocado para a ponta e assumiu a posição.
Para a surpresa de todos, ele convocou um veterano: Andrea Sartoretti, 32 anos, para a posição de oposto. O jogador, que havia até já se despedido de seleção, aceitou o convite e foi uma das sensações do Campeonato Europeu. Na final contra a França, por exemplo, foi o maior pontuador. Assinalou 27 pontos.
Além do título, a Itália conseguiu outra façanha: na semifinal, venceu o poderoso time da Rússia por 3 sets a 0. Havia três anos que os italianos não venciam os russos. Resultado: a "Azzurra" saiu fortalecida desse Campeonato Europeu e passou a ser uma das grandes candidatas ao ouro olímpico.
Quem também ficou bem na fita foi a França: vice-campeã européia, conseguiu vaga na Copa do Mundo. Ficou na frente da Rússia, terceira colocada, e de Sérvia e Montenegro, que acabou em quarto. Está certo que a França já havia mostrado sua força com a conquista do bronze no Mundial da Argentina.
Como a Federação Internacional de Vôlei tem o direito de convidar duas seleções para a Copa do Mundo, Rússia e Sérvia e Montenegro, que não se classificaram, são as mais cotadas. Já estão classificados: Brasil, Venezuela, Itália, França, Coréia do Sul, China, Tunísia e Japão.
Só estão faltando os representantes da América do Norte e Central (Norceca). O campeonato, que começa na próxima quinta-feira, será disputado no México. Estados Unidos e Cuba são os favoritos. No feminino, as norte-americanas e as cubanas conseguiram se classificar para a Copa do Mundo.
Também já garantiram vaga Brasil, Argentina, Egito e Japão. As duas representantes da Europa e da Ásia serão definidas nesta semana. No Campeonato Europeu, as favoritas são Rússia e Itália, atual campeã do mundo. No torneio asiático, China e Coréia do Sul.

Italiano
O central Rodrigão, da seleção brasileira, estreou bem no Italiano. O seu time, o Ferrara, venceu o Montichiari, do levantador Maurício e do atacante Joel, por 3 sets a 1. Rodrigão foi o segundo maior pontuador do jogo, com 19 pontos. Só ficou atrás de Joel, que fez 22. O Latina, novo time do central Gustavo, também venceu na primeira rodada: passou pelo Trentino, do atacante Bernardi, por 3 sets a 1.

Bye, bye Brasil
O atacante Marcelo Negrão viaja nesta noite para a Itália. O jogador, que estava defendendo a Ulbra/São Paulo no Campeonato Paulista, acertou a transferência para o Bolzano, time que disputa a segunda divisão do Campeonato Italiano. No início dos anos 90, Negrão foi campeão italiano pelo Treviso.


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