São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2004

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MEMÓRIA

Atletas ajudam empresas a forjar imagem e marca

DA REPORTAGEM LOCAL

Muitas empresas e marcas de cigarro encontram no esporte uma forma de formar e consolidar sua imagem.
Uma das mais famosas relações entre propaganda tabagista e esporte no Brasil aconteceu na década de 70. O tricampeão mundial Gerson imortalizou o slogan "Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?" e acabou gerando a famigerada "lei de Gérson".
Os cigarros Vila Rica, dos quais era garoto-propaganda, agradeceram o sucesso.
Outros atletas ligados ao futebol também ajudaram a difundir o cigarro, mas apenas pelo uso. Uma listagem rápida contabiliza o holandês Cruyff, o inglês Gascoigne, o francês Platini, o dinamarquês Elkjaer-Larsen, o italiano Riva, os argentinos Ardiles e Passarella e o brasileiro Sócrates.
Eles não só assumiam o vício como, muitas vezes, deixavam-se fotografar com cigarros entre os dedos.
O maior símbolo de ligação esporte-tabaco, no entanto, está na F-1. Dezenas de pilotos já colocaram sua imagem a serviço das empresas, também patrocinadoras de suas equipes e eventos da modalidade.
A Philip Morris, fábrica do Marlboro, por exemplo, já patrocinou ou patrocina Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna, Raul Boesel e Rubens Barrichello, entre os brasileiros. Em outras categorias do automobilismo aparecem Gil de Ferran, Hélio Castro Neves, Tony Kanaan etc.
Fittipaldi chegou até a fazer lobby no Congresso pela não-proibição da propaganda tabagista.


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