Piloto da Toyota, que conseguiu terminar a corrida em 2000, agora busca chegar entre os oito primeiros e marcar pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram apenas duas aparições, um acidente grave e um nono lugar. Mesmo com credenciais tão aquém das desejados em Interlagos, Ricardo Zonta é, tirando Rubens Barrichello, o maior "veterano" na pista entre os pilotos brasileiros.
"Faz muita diferença quando você é um piloto brasileiro correndo em casa. Os torcedores te aplaudem toda vez que você aparece nos boxes, fazem coisas que não se vê em outras partes do mundo", afirmou.
Diferentemente da maioria dos pilotos, Zonta, 28, acredita que correr em casa não traz pressão extra. "Isso só me ajuda."
Mas, por enquanto, os resultados deste apoio local não apareceram. Logo em sua estréia no Brasil, em 1999, o piloto, então na BAR, sofreu um forte acidente na primeira sessão de treinos do sábado. Perdeu o controle de seu carro na curva do Laranjinha e bateu no muro a mais de 240 km/h.
Resultado: foi removido de helicóptero para o hospital e teve que passar por uma cirurgia de recomposição de oito tendões.
No ano seguinte, na mesma equipe, conseguiu completar a corrida. Largou em oitavo e chegou uma posição atrás, nono.
Mesmo tendo estado em Interlagos apenas duas vezes dentro do cockpit de um carro de F-1, a pista é velha conhecida do piloto curitibano. "Fui uma vez como torcedor, em 1990, quando o Piquet corria pela Benetton e o Senna, pela McLaren. A primeira vez que corri foi em 1993, na F-Chevrolet. Na F-3 fiz várias poles e voltas rápidas e sempre me diverti muito", afirmou.
A prova deste domingo marcará a despedida do brasileiro dos GPs, pelo menos por ora. Piloto de testes da Toyota desde o início de 2003, foi alçado à titular em agosto, no lugar de Cristiano da Matta. No ano que vem, porém, volta à condição de substituto.
"Sabendo disso, quero dar 100%. Vou usar minha experiência nesta pista para melhorar minha performance no fim de semana. Me sinto muito mais confiante no Brasil do que em outro lugar." (FSX E TC)


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