São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Desfalcado de três peças-chave, time derrota Coritiba fora de casa e permanece a dois pontos do líder Atlético-PR

Santos bate um do Paraná à caça de outro

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem duas estrelas e com um desfalque de última hora, o importante era não perder terreno, e o Santos conseguiu. A equipe venceu o Coritiba fora e assim não deixou que outro time do Estado, o Atlético-PR, abrisse mais vantagem na liderança do Brasileiro.
O time de Vanderlei Luxemburgo -que não tinha Elano, machucado, e Robinho, por problemas particulares- teve seu 3-5-2 emendado na última hora.
O reserva Flávio entrou na ala-direita em substituição a Paulo Cesar, que sentiu dores abdominais na madrugada e acabou internado em Curitiba. Com suspeita de apendicite, o lateral voou ontem para São Paulo em avião fretado e segue internado. O resultado de uma tomografia indicará a necessidade de cirurgia.
Logo antes do décimo minuto, o Santos já tinha um lance para lamentar: o pênalti do zagueiro Miranda, agarrando Deivid, que o árbitro carioca Wagner Tardelli não deu. Ao mesmo tempo, o Atlético-PR fazia 1 a 0 na Ponte.
O Santos não mostrava desenvoltura no novo esquema tático e forçava a bola aérea. Solitário na criação, Ricardinho não brilhava, e o atacante Basílio lutava muito contra a defesa curitibana.
Aos 20min, um lance de falta frontal que prometia perigo foi desperdiçado por André Luís. Mas perigo mesmo só foi acontecer dez minutos depois, quando Deivid acertou um chute de primeira que explodiu no travessão.
Era apenas a terceira finalização santista no jogo, enquanto o Coritiba só havia tido uma. O time paranaense não assustava Mauro.
Em mais um lance isolado, o time de Luxemburgo quase conseguiu seu primeiro gol. Ricardinho cobrou escanteio da direita, e Antonio Carlos, de volta à equipe titular, cabeceou para fora.
Antes do fim do primeiro tempo, o técnico santista teve que fazer sua primeira modificação. Léo sentiu dores na coxa e deixou a ala esquerda para Márcio.
E quase que o Coritiba alcançou seu primeiro gol. Adriano levantou a bola na área para o centroavante Tuta, que ganhou a disputa e cabeceou para defesa de Mauro.
No esforço santista, Ricardinho era o mais sobrecarregado no primeiro tempo. Jogador mais acionado, com 20 bolas recebidas, o meia santista errou 22% dos passes, mais que o dobro de sua média de erros no Nacional, que é de 10%, segundo o Datafolha. O jogador foi o responsável por 6 dos 31 passes errados do time até ali.
Os dois times voltaram do intervalo sem mudanças. O Santos prosseguia se ressentindo dos erros de passe no meio-campo, e o Coritiba manteve Tuta isolado na briga contra os três zagueiros santistas até os 10min do segundo, quando Laércio saiu para a entrada do colombiano Aristizábal.
Luxemburgo decidiu mudar o desenho tático ao tirar Zé Elias, que errara nove passes, para pôr Marcinho, recuando Ricardinho.
De volta à sua posição de origem, o meia lançou na área, e Roberto Brum cabeceou contra o próprio gol. Fernando defendeu para a frente da área, e Deivid pegou o rebote, marcando o gol da vitória santista, aos 20min.
As coisas pareciam ficar mais fáceis para o Santos quando Aristizábal foi expulso ao ofender o árbitro depois de receber um amarelo. Ele havia cometido falta em Antonio Carlos e negocia sua rescisão amigável com o Coritiba.
Por conta dessa expulsão, o técnico Antônio Lopes tirou seu jogador mais perigoso, Tuta, para pôr o lateral Jucemar. Com isso, o Santos ficou tranqüilo até o fim.
Na próxima rodada, a equipe litorânea enfrentará o Paysandu, que corre risco de rebaixamento, em Belém. O Coritiba, sem aspirações nem perigos neste campeonato, pega em casa o Vitória.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Atletas tentam não pensar na desvantagem
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.