São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2004

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FUTEBOL

Desfalcado de Grafite, suspenso, time mantém escrita goleadora no Morumbi e assume terceiro lugar no Brasileiro

Mesmo sem "meio ataque", São Paulo faz 4

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo não tinha Grafite, responsável por 43% dos gols do time na gestão de Emerson Leão, mas conseguiu manter a ótima escrita ofensiva dos últimos jogos no Morumbi. Ontem à noite, fez 4 a 0 no Juventude e voltou ao terceiro lugar do Brasileiro.
Com 75 pontos, está na zona de classificação automática à Libertadores -o quarto colocado participa de repescagem.
Nas duas partidas anteriores em seu estádio, o São Paulo derrotara o São Caetano por 4 a 2 e o Botafogo por 5 a 2.
Os destaques ontem foram o meia Souza, que entrou no final do jogo e fez dois gols, e o ala-direito Cicinho, principal opção ofensiva e maior finalizador do time (cinco arremates, dos 17 do São Paulo). Márcio e Diego Tardelli completaram o placar.
Os são-paulinos têm agora a melhor campanha em casa do Brasileiro: 16 vitórias, 5 empates e só uma derrota no Morumbi.
Leão surpreendeu com a escalação do atacante Márcio ao lado de Diego Tardelli. O técnico não havia testado essa opção durante os treinos da semana passada, dando a entender que sua dúvida era entre Nildo e Jean.
Num primeiro tempo morno, o São Paulo só mostrou algum ímpeto ofensivo até abrir o placar, por intermédio justamente de Márcio. Aos 22min, Renan chutou cruzado, a bola desviou na zaga do Juventude e sobrou para ele. O atacante ajeitou a bola desajeitadamente e chutou por baixo do goleiro Marcelo Pitol.
"Claro que o objetivo é me firmar no time. Estou fazendo a minha parte, agora é com o professor", disse um ofegante Márcio ao fim da etapa inicial. Em seu primeiro jogo como titular (entrara em outros sete), ele admitiu estar "um pouco fora de ritmo".
Depois do gol, a "blitz" são-paulina sumiu. O time passou a apostar mais nos contra-ataques, mas seu setor ofensivo parecia adormecido. Das oito finalizações feitas no primeiro tempo, só duas saíram de atacantes, ambas de Márcio. Diego Tardelli não chutou a gol. O recordista em arremates nesta etapa foi Cicinho (três).
Além de ter sido o principal finalizador do time no jogo, o ala foi ainda um dos mais acionados (24 bolas recebidas, ao lado de Júnior) e o que mais cruzou (oito bolas alçadas na área adversária).
Mais preocupado em se defender -mesmo depois de levar o primeiro gol-, o Juventude criou poucas chances de gol no primeiro tempo. Assim como no São Paulo, as melhores investidas do time gaúcho surgiam pela lateral direita, por onde o ala Jancarlos desceu algumas vezes com perigo. Na melhor delas, aos 43min, Rogério interceptou o arremate.
Para o segundo tempo, só o Juventude mudou: o atacante Sandrinho deu lugar a Lê.
A inércia de Diego Tardelli nos 45 minutos iniciais foi esquecida pela torcida aos 13min da etapa final. Marcelo Pitol espalmou uma bomba de Cicinho e, no rebote, Tardelli fez, de bicicleta, 2 a 0.
Aos 30min, num rápido contra-ataque, o São Paulo quase fez o terceiro -o chute de Cicinho passou rente ao travessão.
O mesmo Cicinho, aos 34min, deu passe açucarado para Souza, que acabara de entrar no lugar de Danilo, encobrir o goleiro e fazer 3 a 0. Souza ainda aproveitou uma bobeira de Vanderson na saída de bola, aos 42min, para definir o placar: o meia tomou do adversário, chutou e, após rebote de Marcelo Pitol, mandou para as redes.
O São Paulo volta a jogar no sábado, em casa, contra o Inter.


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