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FUTEBOL
Desfalcado de Grafite, suspenso, time mantém escrita goleadora no Morumbi e assume terceiro lugar no Brasileiro
Mesmo sem "meio ataque", São Paulo faz 4
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo não tinha Grafite,
responsável por 43% dos gols do
time na gestão de Emerson Leão,
mas conseguiu manter a ótima escrita ofensiva dos últimos jogos
no Morumbi. Ontem à noite, fez 4
a 0 no Juventude e voltou ao terceiro lugar do Brasileiro.
Com 75 pontos, está na zona de
classificação automática à Libertadores -o quarto colocado participa de repescagem.
Nas duas partidas anteriores em
seu estádio, o São Paulo derrotara
o São Caetano por 4 a 2 e o Botafogo por 5 a 2.
Os destaques ontem foram o
meia Souza, que entrou no final
do jogo e fez dois gols, e o ala-direito Cicinho, principal opção
ofensiva e maior finalizador do time (cinco arremates, dos 17 do
São Paulo). Márcio e Diego Tardelli completaram o placar.
Os são-paulinos têm agora a
melhor campanha em casa do
Brasileiro: 16 vitórias, 5 empates e
só uma derrota no Morumbi.
Leão surpreendeu com a escalação do atacante Márcio ao lado de
Diego Tardelli. O técnico não havia testado essa opção durante os
treinos da semana passada, dando a entender que sua dúvida era
entre Nildo e Jean.
Num primeiro tempo morno, o
São Paulo só mostrou algum ímpeto ofensivo até abrir o placar,
por intermédio justamente de
Márcio. Aos 22min, Renan chutou cruzado, a bola desviou na zaga do Juventude e sobrou para ele.
O atacante ajeitou a bola desajeitadamente e chutou por baixo do
goleiro Marcelo Pitol.
"Claro que o objetivo é me firmar no time. Estou fazendo a minha parte, agora é com o professor", disse um ofegante Márcio ao
fim da etapa inicial. Em seu primeiro jogo como titular (entrara
em outros sete), ele admitiu estar
"um pouco fora de ritmo".
Depois do gol, a "blitz" são-paulina sumiu. O time passou a apostar mais nos contra-ataques, mas
seu setor ofensivo parecia adormecido. Das oito finalizações feitas no primeiro tempo, só duas
saíram de atacantes, ambas de
Márcio. Diego Tardelli não chutou a gol. O recordista em arremates nesta etapa foi Cicinho (três).
Além de ter sido o principal finalizador do time no jogo, o ala
foi ainda um dos mais acionados
(24 bolas recebidas, ao lado de Júnior) e o que mais cruzou (oito
bolas alçadas na área adversária).
Mais preocupado em se defender -mesmo depois de levar o
primeiro gol-, o Juventude criou
poucas chances de gol no primeiro tempo. Assim como no São
Paulo, as melhores investidas do
time gaúcho surgiam pela lateral
direita, por onde o ala Jancarlos
desceu algumas vezes com perigo.
Na melhor delas, aos 43min, Rogério interceptou o arremate.
Para o segundo tempo, só o Juventude mudou: o atacante Sandrinho deu lugar a Lê.
A inércia de Diego Tardelli nos
45 minutos iniciais foi esquecida
pela torcida aos 13min da etapa final. Marcelo Pitol espalmou uma
bomba de Cicinho e, no rebote,
Tardelli fez, de bicicleta, 2 a 0.
Aos 30min, num rápido contra-ataque, o São Paulo quase fez o
terceiro -o chute de Cicinho
passou rente ao travessão.
O mesmo Cicinho, aos 34min,
deu passe açucarado para Souza,
que acabara de entrar no lugar de
Danilo, encobrir o goleiro e fazer
3 a 0. Souza ainda aproveitou uma
bobeira de Vanderson na saída de
bola, aos 42min, para definir o
placar: o meia tomou do adversário, chutou e, após rebote de Marcelo Pitol, mandou para as redes.
O São Paulo volta a jogar no sábado, em casa, contra o Inter.
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