São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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artilharia

São Paulo ataca peneira no Rio

Líder tem melhor ataque do Nacional, enquanto Vasco concorre a posto de pior defesa da competição

Historicamente recordistas da artilharia em Brasileiros, são-paulinos e vascaínos anotam bastante de fora da área e em jogada individual


Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Dagoberto, Hugo, Anderson, Hernanes e Jean, durante cobrança de falta em treino do São Paulo

RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo decisivo de amanhã entre São Paulo e Vasco, no Rio, tem tudo para ser recheado de gols, e não só porque o empate não interessa às duas equipes.
O melhor ataque da competição enfrenta o time que começou a rodada com a pior defesa. Segundo os números do Datafolha, os chutes de fora da área, as jogadas individuais e os lances de bola parada serão armas poderosas no confronto.
Os são-paulinos já balançaram as redes 62 vezes na competição, e os vascaínos foram vazados em 68 oportunidades.
Apesar de ostentar retaguarda pífia no Nacional, o time carioca tem o quarto melhor ataque da disputa, com 53 gols.
São Paulo e Vasco são os times que mais gols fizeram em chutes de fora da área e em jogadas individuais. O time de Edmundo anotou dez gols de longe, um a mais que a equipe de Hernanes. O São Paulo, porém, marcou 11 vezes após lances individuais -tem um gol a mais desse jeito que o Vasco.
Quando o assunto é bola parada, o time do Morumbi passa a oferecer um grande perigo para seu oponente de amanhã, que precisa vencer para sair da zona do rebaixamento.
O Vasco já levou 25 gols de bola parada no Campeonato Brasileiro deste ano. É o time mais vazado nesse tipo de jogada -o time de Muricy Ramalho, que se especializou nesses lances, levou só 13 gols assim. Desses 25 gols sofridos pelo Vasco, 15 foram de bola parada direta -ninguém levou mais gols de pênalti que o Vasco (14).
Não à toa, o técnico do Vasco, Renato Gaúcho, trabalhou bastante nos últimos treinamentos as jogadas de bola parada.
Ontem, o time realizou um treino tático em que os zagueiros cortavam de cabeça as bolas lançadas à área. A bola parada é o principal temor vascaíno para o confronto com o time do goleiro Rogério, que já fez um gol de falta e outro de pênalti no Vasco neste ano no Morumbi.
No duelo do primeiro turno, o atual líder do Nacional goleou por 4 a 0. E os encontros entre os dois clubes nesta década têm sido marcados por diversas goleadas, como 7 a 1 para o Vasco, em 2001, e 5 a 1 e 4 a 0 (Copa do Brasil) para o São Paulo. Historicamente, são-paulinos e vascaínos são os recordistas em gols no Campeonato Brasileiro.
""Gosto de São Januário. Fiz um gol lá e saí com a vitória [2 a 0, em 2007]", disse Dagoberto, atacante são-paulino, sobre o duelo no estádio vascaíno.
Na era dos pontos corridos, que começou em 2003, sempre quem teve a pior defesa acabou rebaixado. E quase sempre na última colocação. Apenas uma vez, no ano passado com o São Paulo, o time de melhor ataque não conquistou o título.
Anteontem, o Figueirense tomou, pelo menos provisoriamente, o posto de pior defesa do Nacional. Isso por causa da vitória de 4 a 3 sobre o Náutico.
Questionado se acreditava em um Vasco cauteloso dentro de casa, Muricy mostrou seu respeito pelo estádio do rival.
"A torcida do Vasco faz muita pressão, e o Vasco cresce com isso. Eles [jogadores] se sentem à vontade e a dificuldade aumenta muito", falou o técnico.


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