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Caos em 2009 já ameaça Palmeiras versão 2010
Risco de não se classificar para a Libertadores congela departamento de futebol
Clube prefere esperar até o término do Brasileiro para, com vaga assegurada, ter mais argumentos na hora de ir para o mercado contratar
MARTÍN FERNANDEZ
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O colapso do Palmeiras em
2009 já começa a prejudicar o
planejamento para 2010.
O risco de ficar fora da Libertadores do ano que vem paralisou as ações do departamento
de futebol. Todas as negociações para reforçar o time estão
suspensas até segunda ordem.
Mesmo as prioridades -como repatriar o meia Valdivia e
montar uma operação para trazer o atacante Kléber de volta
ao Parque Antarctica- estão
temporariamente congeladas.
Segundo um empresário que
participa das transações do clube, sem a vaga na Libertadores
fica "impossível" convencer
um jogador a assinar com o time do Parque Antarctica.
Além de não ter argumentos
técnicos -é mais difícil contratar gente "apenas" para disputar a Copa do Brasil-, há também a parte financeira.
As cotas de TV da Libertadores são maiores e a torcida vai
mais aos jogos dessa competição, o que reforça as rendas.
O diretor financeiro do Palmeiras, Fábio Raiola, admite
que o clube deixará de ganhar
"muito dinheiro" caso não fique entre os quatro primeiros
do Campeonato Brasileiro.
"Mas essa possibilidade nem
passa pela minha cabeça", diz.
"Ainda não estou fazendo essas
contas. Vamos esperar acabar o
campeonato", afirma o diretor.
A confiança em não ficar de
fora da competição teve peso
até na confecção de alguns contratos com o elenco atual.
Os vínculos com o lateral-direito chileno Figueroa e o centroavante Vagner Love, ambos
por empréstimo até julho, contam com cláusulas que preveem extensão automática até
o término da Libertadores.
A vaga quase certa no principal torneio de clubes do continente virou dúvida depois de o
time ter despencado da liderança do Nacional, posição que
ocupou por 17 rodadas.
A duas jornadas do final de
sua participação no torneio, o
Palmeiras corre o risco não só
de ficar muito longe de lutar
pelo título -dependendo do
que acontecer hoje- como
também de não carimbar sua
vaga no interclubes.
"Estamos preocupados em
concluir o Brasileiro da melhor
forma possível. Tem de aguardar tudo o que possa acontecer
para ter qualquer ação mais
concreta", afirma o diretor de
futebol Genaro Marino.
Certo, por enquanto, é que
haverá uma reformulação no
grupo atual de jogadores em
virtude de todos os problemas
que tomaram conta da equipe
na reta decisiva da competição.
Os meias Deyvid Sacconi e
Marquinhos e o volante Sandro
Silva são algumas das peças que
poderão deixar o clube quando
a temporada em curso acabar.
Até mesmo o técnico Muricy
Ramalho corre risco de sair um
ano antes da conclusão de seu
contrato. Aliados do presidente
Luiz Gonzaga Belluzzo tentam
convencê-lo de que a contratação do treinador foi um erro.
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