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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Equipe é a próxima do país a enfrentar dificuldade do torneio regional

Tormento sul-americano desafia a seleção sub-23

Cléber Mendes/Lancepress
Adaílton exibe o troféu do Mundial sub-20 no desembarque da seleção brasileira no aeroporto do Rio


DA REPORTAGEM LOCAL

Triunfar em termos mundiais e sofrer no âmbito regional.
A seleção brasileira sub-23 será a próxima a desafiar a sina que acompanha nas últimas temporadas os times nacionais do país.
O Brasil é o atual campeão mundial sub-17, sub-20 e principal. Mas, antes dessas conquistas, não teve o mesmo sucesso nos classificatórios sul-americanos, como o que o time olímpico vai disputar no próximo mês no Chile em busca de uma vaga para os Jogos de Atenas, em agosto.
Em nenhuma das três categorias que garantiram a "tríplice coroa" os brasileiros foram os mais eficientes nos qualificatórios.
Com o time principal, o país ganhou a Copa de 2002 com 100% de aproveitamento em campos asiáticos. Antes, porém, ficou em terceiro nas eliminatórias, com aproveitamento de 55%. Depois de quatro rodadas, o Brasil novamente sofre no qualificatório para o Mundial de 2006 -é mais uma vez o terceiro colocado.
Com os times sub-17 e sub-20 aconteceu algo parecido. No começo do ano, essas duas equipes não conseguiram superar a Argentina no Sul-Americano, competição que também serviu de classificatório para os Mundiais.
Já nos torneios mundiais, enquanto os argentinos fracassaram, o Brasil ficou com a taça depois de ótimas campanhas.
Para o time sub-23, o desafio sul-americano será ainda mais duro. Entre os qualificatórios regionais, o Pré-Olímpico é o que oferece menos vagas -são apenas duas, contra três do sub-17, quatro do sub-20 e da Copa (um quinto ainda pode se garantir em uma repescagem).

Dificuldade
Com tal cenário, Ricardo Gomes, técnico da equipe sub-23, deixa clara sua preocupação.
"A dificuldade será muito grande. As outras seleções não vão para brincar. Serão poucas vagas. Acho até que o Pré-Olímpico será um pouco mais difícil que a Olimpíada", afirmou ele, em discurso parecido ao feito por Carlos Alberto Parreira. "Em 1994 e 2002, as eliminatórias foram mais difíceis do que a Copa", disse o comandante do time principal antes do início do atual qualificatório.
Ricardo Gomes e seus comandados terão que superar uma dificuldade idêntica à enfrentada por outros times nacionais que sofreram nos últimos qualificatório sul-americanos.
A seleção sub-23 vai chegar ao torneio desfalcada e com pouco tempo de preparação. Com o grupo completo, o técnico terá apenas dez dias de treinamento.
Apesar dos problemas e do retrospecto brasileiro, Gomes aponta sua equipe como uma das favoritas nos gramados chilenos.
"Acho que em qualquer competição sul-americana, pela história e pela tradição, Brasil e Argentina são os candidatos mais fortes", afirmou o treinador.


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