|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUDÔ
Vencedores da primeira seletiva lutam em Moscou (homens) e Sofia (mulheres), eventos que a seleção nunca disputou
Brasil define time para ir ao leste europeu
FERNANDO ITOKAZU
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de iniciar um processo
seletivo inédito para definir os representantes do Brasil nos Jogos
de Atenas-2004, a Confederação
Brasileira de Judô segue com inovações na preparação olímpica.
Ontem, em São Paulo, aconteceu a primeira de três etapas da
seletiva. É a primeira vez que a
equipe é formada assim. Para a última Olimpíada, os atletas foram
escolhidos em uma disputa melhor de cinco em um único dia.
Marli Midori e Alexandre Lee
(ligeiro), Catia Maia (meio-leve),
Danielle Zangrando e Leandro
Guilheiro (leve), Vânia Ishii e Flávio Canto (meio-médio), Cristina
Sebastião e Carlos Honorato (médio), Edinanci Silva e Luciano
Corrêa (meio-pesado), Daniel
Hernandes e Priscila Marques
(pesado) além da possibilidade de
garantir a vaga já em março terão
a oportunidade de lutar no leste
da Europa como preparação.
Os homens disputarão o Torneio de Moscou enquanto as mulheres lutarão em Sofia.
É a primeira vez que uma equipe brasileira disputa esses torneios. Tradicionalmente, o Brasil
inicia a disputa do circuito europeu na França, segundo evento
dos vencedores de ontem.
A equipe formada pelos perdedores da primeira seletiva vai
competir em outras etapas do circuito: Budapeste (homens), Leonding (mulheres) e Hamburgo.
"Lutar em Moscou será bom já
que neste torneio há muitos judocas do leste europeu", afirmou o
meio-leve Henrique Guimarães,
que não lutou ontem por causa de
uma batalha jurídica entre o Pinheiros e a confederação para definir seu adversário na seletiva.
Guimarães, que embarca com a
primeira equipe, disse que os brasileiros não estão acostumados a
enfrentar oponentes dessa região.
"Talvez por influência do sambô [arte marcial russa], eles costumam agarrar muito as pernas. É
bom para a gente aprender a neutralizar a manobra", disse o bronze em Atlanta-96.
O técnico da seleção feminina,
Floriano Almeida, concorda que
os estilos são muito diferentes,
mas diz que os brasileiros estão
bem adaptados a enfrentá-lo.
"Eles lutam fazendo força e buscam muito as pernas, talvez por
causa da proximidade da luta greco-romana, enquanto nós somos
mais técnicos. Mas a dificuldade
brasileira com isso é mais um estigma psicológico", afirmou.
O diretor técnico internacional
da CBJ, Ney Wilson, disse que os
judocas do país ainda enfrentam
um pouco de dificuldade contra
lutadores do leste europeu, mas
não soube explicar por que o Brasil nunca disputou esses torneios:
"Você tem que perguntar isso para a administração passada".
A atual diretoria, que assumiu
em março de 2001, definiu: o patrocínio da Coca-Cola, que é pago
aos judocas da seleção permanente segue com os titulares de 2003
até a definição do time olímpico.
A maioria dos atletas que disputaram a seletiva volta a treinar no
dia 5 de janeiro, e todos se apresentam em São Paulo no dia 13,
para a realização de exames.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: São Paulo vira zebra com time recém-criado Índice
|