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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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JUDÔ

Vencedores da primeira seletiva lutam em Moscou (homens) e Sofia (mulheres), eventos que a seleção nunca disputou

Brasil define time para ir ao leste europeu

FERNANDO ITOKAZU
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de iniciar um processo seletivo inédito para definir os representantes do Brasil nos Jogos de Atenas-2004, a Confederação Brasileira de Judô segue com inovações na preparação olímpica.
Ontem, em São Paulo, aconteceu a primeira de três etapas da seletiva. É a primeira vez que a equipe é formada assim. Para a última Olimpíada, os atletas foram escolhidos em uma disputa melhor de cinco em um único dia.
Marli Midori e Alexandre Lee (ligeiro), Catia Maia (meio-leve), Danielle Zangrando e Leandro Guilheiro (leve), Vânia Ishii e Flávio Canto (meio-médio), Cristina Sebastião e Carlos Honorato (médio), Edinanci Silva e Luciano Corrêa (meio-pesado), Daniel Hernandes e Priscila Marques (pesado) além da possibilidade de garantir a vaga já em março terão a oportunidade de lutar no leste da Europa como preparação.
Os homens disputarão o Torneio de Moscou enquanto as mulheres lutarão em Sofia.
É a primeira vez que uma equipe brasileira disputa esses torneios. Tradicionalmente, o Brasil inicia a disputa do circuito europeu na França, segundo evento dos vencedores de ontem.
A equipe formada pelos perdedores da primeira seletiva vai competir em outras etapas do circuito: Budapeste (homens), Leonding (mulheres) e Hamburgo.
"Lutar em Moscou será bom já que neste torneio há muitos judocas do leste europeu", afirmou o meio-leve Henrique Guimarães, que não lutou ontem por causa de uma batalha jurídica entre o Pinheiros e a confederação para definir seu adversário na seletiva.
Guimarães, que embarca com a primeira equipe, disse que os brasileiros não estão acostumados a enfrentar oponentes dessa região.
"Talvez por influência do sambô [arte marcial russa], eles costumam agarrar muito as pernas. É bom para a gente aprender a neutralizar a manobra", disse o bronze em Atlanta-96.
O técnico da seleção feminina, Floriano Almeida, concorda que os estilos são muito diferentes, mas diz que os brasileiros estão bem adaptados a enfrentá-lo.
"Eles lutam fazendo força e buscam muito as pernas, talvez por causa da proximidade da luta greco-romana, enquanto nós somos mais técnicos. Mas a dificuldade brasileira com isso é mais um estigma psicológico", afirmou.
O diretor técnico internacional da CBJ, Ney Wilson, disse que os judocas do país ainda enfrentam um pouco de dificuldade contra lutadores do leste europeu, mas não soube explicar por que o Brasil nunca disputou esses torneios: "Você tem que perguntar isso para a administração passada".
A atual diretoria, que assumiu em março de 2001, definiu: o patrocínio da Coca-Cola, que é pago aos judocas da seleção permanente segue com os titulares de 2003 até a definição do time olímpico.
A maioria dos atletas que disputaram a seletiva volta a treinar no dia 5 de janeiro, e todos se apresentam em São Paulo no dia 13, para a realização de exames.



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