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VÔLEI
'Superelenco' termina invicto a primeira fase do torneio e soma 11 vitórias; rival Suzano perde sua quinta partida
Olympikus abala equilíbrio da Superliga
da Reportagem Local
A performance do Olympikus no
primeiro turno ameaça jogar por
terra a expectativa de equilíbrio da
temporada 97/98 da Superliga.
Ontem, a equipe venceu, no Rio,
o Telepar/Maringá, do dirigente e
jogador Paulão, por 3 sets a 0 (15/5,
15/12 e 15/5).
Encerrou sua participação no
turno com 11 vitórias (perdeu apenas 7 sets dos 40 que disputou).
Atrás dele, ficaram o Banespa e o
Philco, ambos com oito vitórias.
Vice-campeão paulista, perdendo o título para o Report/Suzano,
o Olympikus se transferiu de Indaiatuba (interior de São Paulo)
para o Rio há dois meses.
O investimento de R$ 2,5 milhões para a temporada permitiu a
montagem de uma "quase-seleção": Maurício, Carlão, Giba e
Nalbert, da brasileira, mais o argentino Milinkovic, melhor jogador de seu país, e o meio-de-rede
Brian Ivie, membro da seleção nacional dos EUA em Atlanta-96.
Tecnicamente, apenas o Report/Suzano abriga jogadores à altura do rival. Descaracterizado por
contusões sucessivas dos atacantes
Max e Kid e do levantador Marcelo
Elgarten, o atual campeão nacional ocupa apenas o quinto posto
(seis derrotas e cinco vitórias).
Ontem, o Report perdeu para o
Lupo-Náutico por 3 a 1 (15/9, 7/15,
13/15 e 13/15).
Mão do ranking
Idealizado pela Confederação
Brasileira de Vôlei para dar maior
competitividade entre as equipes,
o ranking de jogadores acabou beneficiando o Olympikus na montagem do superelenco.
Este ano, a CBV "premiou" os
atletas com mais de 32 anos.
Paulão, 34, e Carlão, 32, que anteriormente valiam sete pontos, a
nota máxima, tiveram seu parâmetros reduzidos respectivamente
para dois e três pontos.
Paulão reestruturou a equipe do
Maringá, na qual atua como dirigente. Carlão pode ser contratado
junto ao extinto Chapecó para jogar ao lado de Nalbert e Maurício.
Se confirmar no segundo turno a
performance atual, o Olympikus
se aproxima do feito do Leites Nestlé. Em 95/96, o time feminino, que
conta com Ana Moser, Fernanda
Venturini e Ana Paula, cumpriu
campanha irretocável: venceu todas as 26 partidas que disputou na
Superliga. Teve o saldo de apenas
nove sets contra.
"Nós não queremos ficar invictos. A gente busca o título do torneio", diz o supervisor da equipe,
João Alberto Zappoli.
Em apenas dois jogos o Olympikus teve sua condição ameaçada
na liga. Contra o Report/Suzano,
em Suzano, na revanche da final
do Paulista, depois de estar vencendo por 2 sets a 0, permitiu o
empate. Se recuperou no
tie-break. O mesmo aconteceu
contra o Ulbra-Diadora, quando o
jogo também teve que ser definido
em cinco sets.
"A gente estabeleceu que iria
manter um bom ritmo logo no começo da liga. Vai ficar mais difícil
quando os outros times se acertarem. Se acontecerem derrotas, não
vão abalar em nada nossa confiança", diz o atacante Nalbert, eleito o
melhor jogador da Copa dos Campeões, no Japão, vencida pela seleção brasileira no mês passado.
O regulamento
Uma possível manutenção da
atual campanha poderá ser benéfica ao Olympikus nos playoffs.
Para esta temporada, o regulamento, alterado, prevê que as oito
(de 12) primeiras colocadas se enfrentem em partidas únicas. Dessas, quatro vão às semifinais.
A vantagem de fazer uma boa
campanha na fase classificatória é
a de enfrentar em casa os adversários mais fortes. "Contra um time
como o Ulbra, o Report ou o Philco, jogar em casa ajuda muito", diz
o atacante Carlão.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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