São Paulo, segunda, 22 de dezembro de 1997.



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VÔLEI
'Superelenco' termina invicto a primeira fase do torneio e soma 11 vitórias; rival Suzano perde sua quinta partida
Olympikus abala equilíbrio da Superliga

da Reportagem Local

A performance do Olympikus no primeiro turno ameaça jogar por terra a expectativa de equilíbrio da temporada 97/98 da Superliga.
Ontem, a equipe venceu, no Rio, o Telepar/Maringá, do dirigente e jogador Paulão, por 3 sets a 0 (15/5, 15/12 e 15/5).
Encerrou sua participação no turno com 11 vitórias (perdeu apenas 7 sets dos 40 que disputou).
Atrás dele, ficaram o Banespa e o Philco, ambos com oito vitórias.
Vice-campeão paulista, perdendo o título para o Report/Suzano, o Olympikus se transferiu de Indaiatuba (interior de São Paulo) para o Rio há dois meses.
O investimento de R$ 2,5 milhões para a temporada permitiu a montagem de uma "quase-seleção": Maurício, Carlão, Giba e Nalbert, da brasileira, mais o argentino Milinkovic, melhor jogador de seu país, e o meio-de-rede Brian Ivie, membro da seleção nacional dos EUA em Atlanta-96.
Tecnicamente, apenas o Report/Suzano abriga jogadores à altura do rival. Descaracterizado por contusões sucessivas dos atacantes Max e Kid e do levantador Marcelo Elgarten, o atual campeão nacional ocupa apenas o quinto posto (seis derrotas e cinco vitórias).
Ontem, o Report perdeu para o Lupo-Náutico por 3 a 1 (15/9, 7/15, 13/15 e 13/15).
Mão do ranking
Idealizado pela Confederação Brasileira de Vôlei para dar maior competitividade entre as equipes, o ranking de jogadores acabou beneficiando o Olympikus na montagem do superelenco.
Este ano, a CBV "premiou" os atletas com mais de 32 anos.
Paulão, 34, e Carlão, 32, que anteriormente valiam sete pontos, a nota máxima, tiveram seu parâmetros reduzidos respectivamente para dois e três pontos.
Paulão reestruturou a equipe do Maringá, na qual atua como dirigente. Carlão pode ser contratado junto ao extinto Chapecó para jogar ao lado de Nalbert e Maurício.
Se confirmar no segundo turno a performance atual, o Olympikus se aproxima do feito do Leites Nestlé. Em 95/96, o time feminino, que conta com Ana Moser, Fernanda Venturini e Ana Paula, cumpriu campanha irretocável: venceu todas as 26 partidas que disputou na Superliga. Teve o saldo de apenas nove sets contra.
"Nós não queremos ficar invictos. A gente busca o título do torneio", diz o supervisor da equipe, João Alberto Zappoli.
Em apenas dois jogos o Olympikus teve sua condição ameaçada na liga. Contra o Report/Suzano, em Suzano, na revanche da final do Paulista, depois de estar vencendo por 2 sets a 0, permitiu o empate. Se recuperou no tie-break. O mesmo aconteceu contra o Ulbra-Diadora, quando o jogo também teve que ser definido em cinco sets.
"A gente estabeleceu que iria manter um bom ritmo logo no começo da liga. Vai ficar mais difícil quando os outros times se acertarem. Se acontecerem derrotas, não vão abalar em nada nossa confiança", diz o atacante Nalbert, eleito o melhor jogador da Copa dos Campeões, no Japão, vencida pela seleção brasileira no mês passado.
O regulamento
Uma possível manutenção da atual campanha poderá ser benéfica ao Olympikus nos playoffs.
Para esta temporada, o regulamento, alterado, prevê que as oito (de 12) primeiras colocadas se enfrentem em partidas únicas. Dessas, quatro vão às semifinais.
A vantagem de fazer uma boa campanha na fase classificatória é a de enfrentar em casa os adversários mais fortes. "Contra um time como o Ulbra, o Report ou o Philco, jogar em casa ajuda muito", diz o atacante Carlão. (JOSÉ ALAN DIAS)


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