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Com um blefe,
script imita
"fita" de Farah
DO PAINEL FC
A assembléia da CBF, que
lançou a campanha por mais
um mandato de Ricardo
Teixeira na presidência da
entidade, começou com um
blefe, pelo menos até agora.
No início da tarde de ontem, o vice-presidente da
CBF, Nabi Abi Chedid, divulgou a informação de que
o encontro poderia culminar com a renúncia de Ricardo Teixeira.
A decisão, segundo Chedid, que assumiria o cargo
em caso de renúncia, seria
motivada pelas duas CPIs do
Congresso que investigam o
futebol brasileiro.
Mas, no decorrer da reunião, o que se viu acabou
sendo a aclamação de Teixeira, que se fortaleceu no
comando da entidade.
O script lembrou o episódio da "renúncia" de Eduardo José Farah do comando
da FPF (Federação Paulista
de Futebol), no final do ano
passado.
Da mesma forma, Farah
afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, estar deixando o poder, mas foi aclamado por dirigentes dos clubes
e permanece até hoje.
Ontem, Teixeira, diferentemente de Farah, não chegou a afirmar (pelo menos
de viva voz) aos jornalistas
que estaria pensando em renunciar à presidência.
Mas dirigentes ligados a
ele, porém, garantiram que o
presidente da CBF está "cansado" e que pensa em se licenciar por pelo menos seis
meses do cargo.
Em dezembro, durante depoimento à CPI do Senado,
Ricardo Teixeira disse que
entregaria o cargo, que ocupa desde de 1999, em 2003.
Ontem, após o lançamento
da campanha por sua reeleição, o que o manteria no poder até 2008, a Folha não
conseguiu falar com ele.
Os dirigentes que participaram da reunião se disseram favoráveis à forma como o presidente da CBF vem
administrando o futebol nacional nos últimos
anos.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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