São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 2001

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Com um blefe, script imita "fita" de Farah

DO PAINEL FC

A assembléia da CBF, que lançou a campanha por mais um mandato de Ricardo Teixeira na presidência da entidade, começou com um blefe, pelo menos até agora.
No início da tarde de ontem, o vice-presidente da CBF, Nabi Abi Chedid, divulgou a informação de que o encontro poderia culminar com a renúncia de Ricardo Teixeira.
A decisão, segundo Chedid, que assumiria o cargo em caso de renúncia, seria motivada pelas duas CPIs do Congresso que investigam o futebol brasileiro.
Mas, no decorrer da reunião, o que se viu acabou sendo a aclamação de Teixeira, que se fortaleceu no comando da entidade.
O script lembrou o episódio da "renúncia" de Eduardo José Farah do comando da FPF (Federação Paulista de Futebol), no final do ano passado.
Da mesma forma, Farah afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, estar deixando o poder, mas foi aclamado por dirigentes dos clubes e permanece até hoje.
Ontem, Teixeira, diferentemente de Farah, não chegou a afirmar (pelo menos de viva voz) aos jornalistas que estaria pensando em renunciar à presidência.
Mas dirigentes ligados a ele, porém, garantiram que o presidente da CBF está "cansado" e que pensa em se licenciar por pelo menos seis meses do cargo.
Em dezembro, durante depoimento à CPI do Senado, Ricardo Teixeira disse que entregaria o cargo, que ocupa desde de 1999, em 2003.
Ontem, após o lançamento da campanha por sua reeleição, o que o manteria no poder até 2008, a Folha não conseguiu falar com ele.
Os dirigentes que participaram da reunião se disseram favoráveis à forma como o presidente da CBF vem administrando o futebol nacional nos últimos anos. (JOSÉ ALBERTO BOMBIG)

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