|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Criticado por Dario Pereyra, atacante chega como "salvador da pátria"
Paulo Nunes expõe 1ª crise
entre Corinthians e técnico
Jarbas Oliveira/Folha Imagem
Paulo Nunes tenta escapar de uma faixa que caiu no campo em seu primeiro treino no Corinthians
MAÉRCIO SANTAMARINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A apresentação do atacante
Paulo Nunes, 29, no Parque São
Jorge, ontem, serviu para expor a
primeira crise entre o Corinthians
e o técnico Dario Pereyra, que não
conseguiu acabar com a série histórica de jogos sem vitórias do time mesmo tendo dois meses de
preparação antes de sua estréia.
O Corinthians chegou à sua 15ª
partida sem vitória anteontem, ao
ceder o empate de 3 a 3 para o Rio
Branco, em pleno Pacaembu, na
estréia da equipe no Campeonato
Paulista-2001. Nem a disputa de
pênaltis o time conseguiu vencer
para obter o ponto extra previsto
no regulamento.
Foi o segundo empate em dois
jogos sob o comando de Pereyra
-o primeiro, em sua estréia no
Torneio Rio-SP, contra o Botafogo, também acabou em 3 a 3.
Criticado pelo treinador quando negociava com o Corinthians,
Paulo Nunes foi apresentado pela
diretoria do clube ontem como o
""salvador da pátria" e admitiu
que a sua contratação foi feita sem
que Pereyra soubesse.
""Estávamos negociando em sigilo, e o Dario ficou sabendo pela
imprensa", disse o atacante.
O técnico nem sequer participou da apresentação do atleta no
salão nobre da nova sede social do
Corinthians. O presidente do clube, Alberto Dualib, e o vice-presidente de futebol, Antonio Roque
Citadini, comandaram a festa.
Pereyra havia afirmado, quando soube da contratação, que
Paulo Nunes estava em uma péssima fase, há seis meses sem jogar,
e que não tinha indicado o atleta.
Ontem, após ser hostilizado pela torcida ao entrar em campo, o
técnico evitou novas críticas, mas
não comemorou a chegada.
No clube, conselheiros já começam a defender a demissão de Pereyra e o retorno de seu ex-técnico
Oswaldo de Oliveira.
""O Paulo Nunes veio trazer um
novo astral ao Corinthians para
que possamos sair dessa situação", afirmou Dualib.
O presidente fez soar a sirene do
Parque São Jorge, que havia tocado pela última vez em 1996, para
anunciar a chegada de Edmundo.
""É disso que eu gosto. Essa sirene é um incentivo a mais. Vim para sacudir o Corinthians, para
motivar os jogadores. Quero ajudar a acabar com essa fase ruim.
Sei que não vou convencer o Dario com palavras, mas garanto
que dentro de dez dias, no máximo, vou poder provar para ele
que tenho condições de jogar",
afirmou Paulo Nunes.
""O Dario vive dizendo que, com
ele, joga quem estiver melhor. Se
eu estiver melhor, ele terá a obrigação de me escalar, independentemente de querer ou não a minha contratação", completou.
No final do ano passado, antes
mesmo de estrear, Pereyra havia
tido um atrito com a diretoria corintiana envolvendo o então supervisor de futebol Valdir Joaquim de Moraes.
O treinador só aceitou a permanência de Moraes desde que ele
fosse desvinculado da comissão
técnica. Trouxe Heriberto Longuinho para ser o seu auxiliar.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Atacante diz ter feito pacto com torcedores Índice
|