São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

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FUTEBOL

Equipe do Parque Antarctica mantém liderança do Paulista ao registrar o seu quarto triunfo por um gol de diferença

Econômico, Palmeiras vence a 4ª seguida

DA REPORTAGEM LOCAL

Neste Paulista, o Palmeiras tem demonstrado ser adepto do mínimo pelo máximo. O time bateu ontem o Mogi Mirim por 2 a 1 e chegou a sua quarta vitória consecutiva no Estadual, todas elas com a diferença de apenas um gol.
A economia em campo, porém, tem se tornado esbanjamento de pontos na tabela. Com 12 pontos, os palmeirenses seguem na ponta e já abriram três de vantagem para o segundo colocado.
Bem que Edmundo tentou dar um fim na série de vitórias apertadas, ao pegar emprestada a famosa "mão de Deus" de Diego Maradona e usá-la a favor de seu time, empurrando a bola para o gol. O árbitro Anselmo da Costa até caiu na artimanha validando a jogada, mas foi salvo por um de seus assistentes, que o avisou da irregularidade e o fez voltar atrás.
Mais curiosa que a situação foi a reclamação de Edmundo. Apesar de reconhecer o inegável, queixou-se da anulação, feita pelo auxiliar que marcava o ataque do Mogi Mirim, do outro lado do campo. "Foi um jornalista que avisou ao bandeira. A gente fica chateado, porque as pessoas que participam do jogo não viram."
O assistente Flávio Lúcio Magalhães, que avisara ao juiz, negou que tenha sido alertado por algum repórter sobre o lance. "Se eu não tivesse visto, não teria avisado. Só fiz a minha obrigação."
No primeiro tempo, o Palmeiras teve dificuldades para atacar. O time de Leão sofria marcação na saída de bola e não conseguia fazer a ligação até o ataque.
A principal válvula de escape palmeirense era Lúcio. Apenas pela esquerda o Palmeiras passava da primeira linha de marcadores do Mogi. Com isso, Enílton e Edmundo foram pouco acionados. Os atacantes receberam, juntos, apenas 19 vezes a bola -menos do que Lúcio, que foi o mais acionado, com 23 bolas recebidas na primeira etapa.
No lado direito, Paulo Baier não podia fazer uso de seu ponto forte, o ataque, pois o time da casa concentrava suas ações ofensivas justamente nas costas do lateral, que no entanto, não dava conta de cobrir as subidas do rival.
Essa deficiência provocou o deslocamento de Marcinho Guerreiro para a cobertura. O volante, porém, ficou sobrecarregado, pois também era o responsável pela proteção da zaga, e acabou levando um cartão amarelo -na etapa final ele levou mais um amarelo, aos 14min, e foi expulso, deixando o Palmeiras com um a menos até o fim da partida.
O Mogi Mirim também criou lances perigosos ao arriscar chutes de fora da área, obrigando Marcos a fazer pelo menos duas defesas em arremates de longe.
No segundo tempo, as coisas melhoraram, e muito, para a equipe do Parque Antarctica.
Leão mudou o posicionamento da equipe. Recuou Correa para reforçar a proteção à zaga. No sistema ofensivo, sacou Cristian e colocou Gioino para cabecear.
A aposta nos cruzamentos rapidamente deu resultados. Aos 5min, Edmundo fez o gol com a mão, invalidado a jogada.
Aos 10min, Marcinho cruzou a bola para a área e Paulo Baier a empurrou para o gol, desta vez com a cabeça. Cinco minutos mais tarde, Marcinho marcou 2 a 0 no placar ao cobrar o pênalti sofrido por Gioino.
O Mogi Mirim diminuiu aos 38min, com gol de Dinei, e pressionou pelo empate, mas não conseguiu suplantar Marcos.
No próximo sábado, o Palmeiras pega a Portuguesa Santista, no Parque Antarctica.


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