São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

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Mais uma vez, gol de zagueiro sela vitória do Santos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em campo, o Santos justificou a insistência de seu técnico, fora dele, por um atacante. Diante do Marília, na Vila Belmiro, o time venceu pela segunda vez no Paulista. Pela segunda vez, o autor do gol da vitória foi um zagueiro.
Contra o Mogi, no domingo anterior, Luiz Alberto selara o primeiro triunfo da equipe na competição. Ontem, seu companheiro de setor, o paraguaio Manzur, desempatou o jogo e cravou o 3 a 2.
Os principais destaques do Santos na partida também vieram da defesa. O positivo, o lateral-esquerdo Kléber, que fez cruzamentos precisos para os dois primeiros gols. O negativo, Fábio Costa.
O goleiro levou cartão amarelo antes mesmo de o jogo começar. O juiz pediu a ele que trocasse de camisa, já que usava um uniforme parecido com o seu. O jogador reclamou e foi advertido. Mais tarde, cometeria um erro estapafúrdio no segundo gol do adversário.
O Santos começou o jogo lançando-se ao ataque, apoiado quase que exclusivamente nos avanços de Kléber pela esquerda. Não demorou para que a estratégia desse resultado. Aos 6min, o lateral lançou Rodrigo Tabata, que avançou no meio da zaga e cabeceou, sem chance para o goleiro.
Aos 12min, numa das poucas jogadas do Santos pela direita, Jonas cruzou, no alto, para Geílson. A conclusão foi um replay perfeito do que acontecera contra o Paulista, na quinta: com o gol aberto à sua frente, o atacante cabeceou para fora. A torcida vaiou.
Pouco a pouco, o Marília começou a ousar, aproveitando principalmente o espaço aberto com as subidas de Kléber e com o mau desempenho de Neto. Foi pela direita do ataque que Gabriel avançou sem marcação, aos 23min, e chutou forte para boa defesa de Fábio Costa. E foi pela esquerda que surgiu o lance de empate, aos 35min. O meia Danilo cobrou escanteio, e a bola sobrou para Wellington Amorim ajeitar para Sandro Gaúcho, livre, fazer 1 a 1.
Cinco minutos depois, outro susto para a torcida na Vila. Novamente após cobrança de escanteio, Wellington tocou para o zagueiro Téio, que chutou rasteiro. Com os pés, Fábio Costa afastou.
Para sair do sufoco, o Santos voltou a apelar para Kléber. Aos 43min, num lance muito parecido com o do primeiro gol, o lateral cruzou com classe, na cabeça de Jonas: 2 a 1. Dos sete gols marcados pela equipe no Paulista, este foi o único anotado pelo ataque.
Para o segundo tempo, o treinador santista, Vanderlei Luxemburgo, que tenta acertar a contratação do atacante Deivid, sacou Cléber Santana e Geílson e colocou Wendel e Gilmar. Reflexo das substituições ou sinal de conforto com o placar, o time passou a ousar menos, tocando a bola no meio. Tanto que o primeiro chute a gol ocorreu só aos 6min, um disparo sem pontaria de Maldonado.
O Marília se aproveitou da situação, passou a pressionar e chegou ao empate aos 11min. Mais uma vez, Fábio Costa protagonizou uma cena inusitada. Numa disputa com Sandro Gaúcho, Neto desviou para escanteio. Mas o goleiro santista jogou-se no chão e esforçou-se para evitar a saída da bola. Só que largou-a em cima da linha. O atacante do Marília só precisou dar um leve toque: 2 a 2.
Para alcançar a vitória e chegar aos sete pontos, o Santos mais uma vez usou da combinação bola cruzada da esquerda-cabeceio.
Jogador que mais cruzou na partida, 13 vezes, segundo o Datafolha, Tabata cobrou falta na área aos 25min e Manzur, de cabeça, fez seu primeiro gol pelo time.
Sete minutos depois, outro defensor, o lateral Neto, cobrou falta na trave de Guto. Foi a última boa chance do Santos na partida.


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