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Mais uma vez, gol de zagueiro sela vitória do Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
Em campo, o Santos justificou a
insistência de seu técnico, fora dele, por um atacante. Diante do
Marília, na Vila Belmiro, o time
venceu pela segunda vez no Paulista. Pela segunda vez, o autor do
gol da vitória foi um zagueiro.
Contra o Mogi, no domingo anterior, Luiz Alberto selara o primeiro triunfo da equipe na competição. Ontem, seu companheiro
de setor, o paraguaio Manzur, desempatou o jogo e cravou o 3 a 2.
Os principais destaques do Santos na partida também vieram da
defesa. O positivo, o lateral-esquerdo Kléber, que fez cruzamentos precisos para os dois primeiros gols. O negativo, Fábio Costa.
O goleiro levou cartão amarelo
antes mesmo de o jogo começar.
O juiz pediu a ele que trocasse de
camisa, já que usava um uniforme
parecido com o seu. O jogador reclamou e foi advertido. Mais tarde, cometeria um erro estapafúrdio no segundo gol do adversário.
O Santos começou o jogo lançando-se ao ataque, apoiado quase que exclusivamente nos avanços de Kléber pela esquerda. Não
demorou para que a estratégia
desse resultado. Aos 6min, o lateral lançou Rodrigo Tabata, que
avançou no meio da zaga e cabeceou, sem chance para o goleiro.
Aos 12min, numa das poucas
jogadas do Santos pela direita, Jonas cruzou, no alto, para Geílson.
A conclusão foi um replay perfeito do que acontecera contra o
Paulista, na quinta: com o gol
aberto à sua frente, o atacante cabeceou para fora. A torcida vaiou.
Pouco a pouco, o Marília começou a ousar, aproveitando principalmente o espaço aberto com as
subidas de Kléber e com o mau
desempenho de Neto. Foi pela direita do ataque que Gabriel avançou sem marcação, aos 23min, e
chutou forte para boa defesa de
Fábio Costa. E foi pela esquerda
que surgiu o lance de empate, aos
35min. O meia Danilo cobrou escanteio, e a bola sobrou para Wellington Amorim ajeitar para Sandro Gaúcho, livre, fazer 1 a 1.
Cinco minutos depois, outro
susto para a torcida na Vila. Novamente após cobrança de escanteio, Wellington tocou para o zagueiro Téio, que chutou rasteiro.
Com os pés, Fábio Costa afastou.
Para sair do sufoco, o Santos
voltou a apelar para Kléber. Aos
43min, num lance muito parecido
com o do primeiro gol, o lateral
cruzou com classe, na cabeça de
Jonas: 2 a 1. Dos sete gols marcados pela equipe no Paulista, este
foi o único anotado pelo ataque.
Para o segundo tempo, o treinador santista, Vanderlei Luxemburgo, que tenta acertar a contratação do atacante Deivid, sacou
Cléber Santana e Geílson e colocou Wendel e Gilmar. Reflexo das
substituições ou sinal de conforto
com o placar, o time passou a ousar menos, tocando a bola no
meio. Tanto que o primeiro chute
a gol ocorreu só aos 6min, um disparo sem pontaria de Maldonado.
O Marília se aproveitou da situação, passou a pressionar e chegou ao empate aos 11min. Mais
uma vez, Fábio Costa protagonizou uma cena inusitada. Numa
disputa com Sandro Gaúcho, Neto desviou para escanteio. Mas o
goleiro santista jogou-se no chão
e esforçou-se para evitar a saída
da bola. Só que largou-a em cima
da linha. O atacante do Marília só
precisou dar um leve toque: 2 a 2.
Para alcançar a vitória e chegar
aos sete pontos, o Santos mais
uma vez usou da combinação bola cruzada da esquerda-cabeceio.
Jogador que mais cruzou na
partida, 13 vezes, segundo o Datafolha, Tabata cobrou falta na área
aos 25min e Manzur, de cabeça,
fez seu primeiro gol pelo time.
Sete minutos depois, outro defensor, o lateral Neto, cobrou falta
na trave de Guto. Foi a última boa
chance do Santos na partida.
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