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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Índices técnicos também despencam

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é só pelo status no Campeonato Brasileiro dos clubes que ameaçam dominar as finais que o Paulista deste ano não é uma competição de primeira linha.
O nível técnico do torneio, que foi inchado para abrigar times rebaixados em campo, como o Guarani, não é dos melhores.
Em praticamente todas as estatísticas a edição atual apresenta resultados piores do que em 2001 -no ano passado, os grandes não jogaram o certame para disputar o Torneio Rio-SP.
O tombo mais importante acontece na média de gols.
Na temporada 2001, o mais importante Estadual do país acabou com uma média de 3,64 gol por partida. Agora, essa marca caiu 12% -a rede balançou, em média, 3,2 vezes por jogo até aqui.
A principal causa dessa queda, segundo os números do Datafolha, está na diminuição no número de chances criadas pelos times. A média de finalizações por equipe em cada confronto caiu de 17,2 por partida para apenas 15,6.
Outros fundamentos, como faltas cometidas, lançamentos e desarmes também tiveram uma piora em 2003 (veja quadro).
Chama a atenção também o desempenho pífio de vários clubes. Antes do início da rodada derradeira da primeira fase, nada menos do que cinco equipes não haviam vencido ainda -o Juventus, caso extremo, não conseguiu somar um ponto sequer.
Foram esses times que garantiram, com sua fraqueza, boa parte da artilharia. A Inter de Limeira, por exemplo, sofreu 11% de todos os gols do campeonato.
Com um futebol pouco vistoso e praticamente sem clássicos, o Paulista não teve nenhum jogo que chegou perto do público do clássico Flamengo x Fluminense pelo Estadual do Rio, em que mais de 60 mil pessoas foram ao estádio do Maracanã. (PC)


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