São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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Padronização pode encolher os gramados

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Tamanho de campo não é ainda muito documento no futebol, mas poderá vir a ser. No próximo dia 8, na Escócia, a International Board, entidade que regulamenta o mais popular dos esportes, fará seu encontro anual para debater possíveis alterações nas regras da modalidade.
Neste ano, dentre os temas na pauta, aparece uma sugestão que pode obrigar vários dos estádios brasileiros -inclusive o Parque Antarctica- a passar por reformas.
A federação do País de Gales, uma das que compõem a International Board, quer agora uma medida padrão para todos os gramados: 105 m x 68 m. Tal medida já é uma referência internacional, mas muitos clubes e países usam campos maiores ou menores hoje em dia porque a regra assim permite.
Pelo texto atual das regras, um campo de futebol pode ter, para partidas internacionais, de 100 m a 110 m de comprimento e de 64 m a 75 m de largura. No Brasil, alguns dos principais estádios exploram ao máximo esses limites -são os casos de Maracanã e Mineirão.
A sugestão da federação galesa visa acabar com as vantagens das equipes mandantes que se aproveitam do tamanho de seus campos para dificultar o jogo para o adversário. Seria uma forma de aumentar o fair play (jogo limpo) no futebol, o que a Fifa tem buscado em muitas campanhas recentes.
Para haver mudança em uma regra no futebol, é preciso que essa tenha o respaldo de pelo menos seis dois oito votantes na reunião da International Board. A Fifa, entidade que rege o futebol mundial, tem quatro votos. Os outros quatro são das federações britânicas.
No Brasil, um dos poucos estádios usados na elite do país com a medida sugerida pela Fifa, é a Kyocera Arena, do Atlético-PR -o Olímpico, do Grêmio, também tem 105 m x 68 m.
Quase todos os demais campos cotados para receber partidas na Copa de 2014 precisariam passar por modificações. No geral, deveriam encolher.


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