São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

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VÔLEI

O melhor do mundo


O italiano Trentino é o time a ser batido atualmente, e seu levantador, Rapha, pede uma chance na seleção brasileira


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

ENTRE OS clubes de vôlei hoje no mundo, o time a ser batido é o italiano Trentino. É o atual campeão mundial, luta pelo bicampeonato europeu e lidera o Italiano. A equipe titular reúne jogadores de quatro países e tem dois brasileiros: o oposto Leandro Vissotto e o levantador Rapha de Oliveira.
O gigante Vissotto, 2,12 m, foi uma das sensações da seleção na última temporada. Ganhou a posição de titular e, apesar do porte físico, ataca uma bola rápida. Rapha, de 30 anos e 1,90 m, está brilhando no Trentino.
Ainda não teve muita chance na seleção, mas está merecendo.
Rapha comanda um time que tem estrelas como o ponteiro Matey Kaziyski, titular da seleção da Bulgária e dono de uma das pancadas mais fortes do vôlei. O outro ponteiro é o cubano Osmany Juantorena.
Vissotto, Kaziyski e Juantorena são três jogadores muito fortes e com alcance de bola muito alto.
"Não é normal um time ter três jogadores desse nível. O Juantorena e o Vissotto atacam uma bola mais rápida, já o Kaziyski joga com a bola um pouco mais alta", diz Rapha.
Os dois centrais são italianos: Emanuele Birarelli e Andrea Sala.
O técnico, Radostin Stoytchev, é búlgaro e tem fama de durão. A principal característica do Trentino é a agressividade. O time tem ataque, saque e bloqueio muito pesados.
No mês passado, o Trentino foi campeão da Copa Itália, torneio que reúne os melhores times do primeiro turno do Italiano. No dia 3 de março, inicia uma disputa de dois jogos com o Resovia, da Polônia, que vale vaga na fase final da Champions League, a badalada Liga Europeia.
Vissotto disputa a segunda temporada pelo Trentino. Já Rapha defende o time pelo primeiro ano e veio com uma missão nada fácil: substituir um levantador campeão olímpico, o sérvio Nikola Grbic.
"Gosto de jogar rápido e arriscar. Sou perfeccionista e por isso treino forte todos os dias", diz Rapha, que trabalha firme para ter uma chance na seleção: "Gostaria muito de ser convocado. É a realização de um sonho. Mas sei que a disputa é dura e respeito os outros levantadores".

SURPRESAS
Quem diria? O Osasco, líder da Superliga feminina com duas derrotas, foi surpreendido novamente. Primeiro, perdeu do modesto Sport. Na última rodada, do Praia Clube, de Uberlândia. O vice-líder Pinheiros também tropeçou: perdeu do jovem time de Araçatuba.

FORÇA GAÚCHA
O Caxias do Sul, do técnico Jorge Schmidt, foi arrasador nas últimas duas rodadas. Venceu o Montes Claros, uma das sensações da Superliga, e o Brasil Vôlei, do líbero Escadinha. O time, que já tinha derrotado o Pinheiros, está em sétimo lugar, com dois jogos a menos que os primeiros colocados.

cidasan@uol.com.br


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