São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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TÊNIS

Sistema faz estréia com sucesso em partida feminina no Torneio de Miami

No 1º teste do replay, juiz acerta

TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A norte-americana Jamea Jackson enfrentava a compatriota Ashley Harkleroad ontem na quadra central do Torneio de Miami, na abertura da competição.
No primeiro ponto do segundo set, ela questionou a marcação de uma bola sua para fora. Com isso, abriu uma era: a de os jogadores contarem com um replay para sanar dúvidas de arbitragem.
Assim que Jamea, 19, solicitou a confirmação, um oficial analisou a repetição, transmitida em um telão sobre a quadra. Em close, a constatação: a bola quicou fora. Da queixa à comprovação, apenas cerca de 20 segundos de espera.
"Adorei, achei o máximo", disse Jamea, que não tem títulos no circuito da WTA. Ela ganhou por 2 sets a 1 e revelou que não acreditava que a marcação da arbitragem seria alterada. "Só queria ser a primeira [a fazer uso da inovação]. Era só isso que importava."
O Torneio de Miami é a primeira tentativa do ranking mundial do tênis de se usar a tecnologia para legitimar resultados.
Criticados por ídolos como Roger Federer e Marat Safin, o "Hawk-Eye" é considerado por dirigentes e especialistas como a mais profunda mudança nas regras do tênis desde a adoção do atual tie-break, em 1970.
"O tênis é cheio de protocolos e tradições. As alterações representam uma significativa mudança cultural", disse Larry Scott, presidente da WTA (entidade que controla o tênis feminino). "As pessoas gostam de ver os bastidores. Precisamos de novos ângulos."
Outra inovação pretendida será sonora: potentes microfones serão instalados em locais estratégicos, como a cadeira do árbitro.
Tudo isso, porém, com calma. Em Wimbledon, por exemplo, o "Hawk-Eye" só será usado em 2007 -e se for aprovado até lá.


Com agências internacionais

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