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TÊNIS
Sistema faz estréia com sucesso em partida feminina no Torneio de Miami
No 1º teste do replay, juiz acerta
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A norte-americana Jamea Jackson enfrentava a compatriota Ashley Harkleroad ontem na quadra
central do Torneio de Miami, na
abertura da competição.
No primeiro ponto do segundo
set, ela questionou a marcação de
uma bola sua para fora. Com isso,
abriu uma era: a de os jogadores
contarem com um replay para sanar dúvidas de arbitragem.
Assim que Jamea, 19, solicitou a
confirmação, um oficial analisou
a repetição, transmitida em um
telão sobre a quadra. Em close, a
constatação: a bola quicou fora.
Da queixa à comprovação, apenas
cerca de 20 segundos de espera.
"Adorei, achei o máximo", disse
Jamea, que não tem títulos no circuito da WTA. Ela ganhou por 2
sets a 1 e revelou que não acreditava que a marcação da arbitragem
seria alterada. "Só queria ser a primeira [a fazer uso da inovação].
Era só isso que importava."
O Torneio de Miami é a primeira tentativa do ranking mundial
do tênis de se usar a tecnologia
para legitimar resultados.
Criticados por ídolos como Roger Federer e Marat Safin, o
"Hawk-Eye" é considerado por
dirigentes e especialistas como a
mais profunda mudança nas regras do tênis desde a adoção do
atual tie-break, em 1970.
"O tênis é cheio de protocolos e
tradições. As alterações representam uma significativa mudança
cultural", disse Larry Scott, presidente da WTA (entidade que controla o tênis feminino). "As pessoas gostam de ver os bastidores.
Precisamos de novos ângulos."
Outra inovação pretendida será
sonora: potentes microfones serão instalados em locais estratégicos, como a cadeira do árbitro.
Tudo isso, porém, com calma.
Em Wimbledon, por exemplo, o
"Hawk-Eye" só será usado em
2007 -e se for aprovado até lá.
Com agências internacionais
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