São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

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JUCA KFOURI

O começo da reta final


Depois da rodada deste fim de semana, faltarão apenas mais três. E o domingo tem ar de Guaratinguetá


QUANDO VOCÊ estiver perdendo seu tempo nestas mal traçadas linhas, certamente o Palmeiras já terá passado pelo Paulista, mesmo fora de casa. Porque teve a semana toda para se preparar para o jogo em Jundiaí e porque, se não tiver vencido de novo, dará mais uma vez razão ao mestre Tostão e sua proverbial ponderação.
Por mais que este colunista até tivesse tempo de mexer na abertura da coluna para que você já lesse o comentário sobre como foi o jogo de Valdivia e companhia, fica aqui a convicção impressa, para não ser desmentida. Ou ser.
Mais difícil terá sido a missão da Ponte Preta diante do Sertãozinho, também fora de casa. Porque o Noroeste já conseguiu perder do Mirassol, em Bauru, nesta hora que distingue as crianças dos adultos. Previsões sobre o passado já estabelecidas com a arrogância que caracteriza os jornalistas e os economistas, passemos agora a prever o futuro propriamente dito.
Não haverá nada que justifique outro resultado que não a vitória do Corinthians sobre o lanterna Rio Claro, no Morumbi.
Nada, nem mesmo o bom trabalho, embora tenha começado tardiamente, de César Sampaio na equipe interiorana. Muito menos o cansaço pela viagem e jogo desgastantes no gramado pesado de Fortaleza, pela Copa do Brasil.
Também o São Paulo está obrigado a passar por cima do Bugre, da frustração e da fadiga pela partida no Paraguai, cujo injusto empate castigou o tricolor na Libertadores. Curiosamente a direção são-paulina, que chorou sem razão por causa dos bem marcados três pênaltis contra o Palmeiras, foi bem mais discreta em relação ao penal que deveria ter sido e não foi assinalado sobre Borges, contra o Sportivo Luqueño, talvez porque tema bem mais a Conmebol do que a FPF. E resta falar do Santos, embora seja o Guaratinguetá quem agora dê a bola, pois não.
Dura, quase impossível missão a dos santistas no Vale do Paraíba. Porque o Santos tem uma porção de justificativas para não se dar bem diante do Guará, e está escrito justificativas, não desculpas. A primeira delas é óbvia: o adversário é o líder do campeonato, tem oito pontos a mais que os praianos e joga em seu campo.
A segunda não é menos óbvia: o Santos jogou na infernal Oruro no meio da semana, numa viagem mais para Indiana Jones do que para atletas e, ainda por cima, foi vítima de um Edílson equatoriano, que deixou de dar um pênalti clamoroso em Kléber Pereira e que valeria para consagrar valoroso empate.
Em bom português: o Santos voltou de seu jogo também pela Libertadores em pedaços, melhor dizer, em cacos. E nada autoriza supor que sairá do interior paulista com um ponto, que dirá com três.
Portanto, depois de hoje, quando faltarão apenas três rodadas para se encerrar esta fase, tudo indica que restarão apenas duas vagas para serem disputadas por Corinthians, Ponte Preta e São Paulo.
Porque dificilmente o Barueri passará pelo desesperado Marília, em mais uma previsão para que hoje à noite você possa encher minha caixa postal com gozações que, sem dúvida, merecerei.

blogdojuca@uol.com.br


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