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Fábio Costa coloca o Santos na decisão
Goleiro faz defesas decisivas no começo e no final do duelo contra o Bragantino e ainda conta com a ajuda da trave
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Fábio Costa, destaque do Santos na partida de ontem, que levou o time à decisão, faz defesa |
Santos 0
Bragantino 0
JULYANA TRAVAGLIA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A chuva não dava trégua no
começo. O campo, encharcado,
deixou a bola parada dentro da
área santista, à espera da finalização do atacante Éverton, do
Bragantino. Mas ela não foi à
rede. Fábio Costa defendeu.
A jogada foi aos 53s de jogo,
mas serviu para mostrar que, se
dependesse do goleiro do Santos, o time estaria na final do
Paulista. E dependeu.
Noventa minutos depois da
primeira defesa, e muitas saídas de bola para cortar os cruzamentos, o camisa 1 do time da
Vila Belmiro ratificou a classificação de sua equipe.
Ao fazer a defesa, de novo à
queima-roupa, num chute cruzado de Bill, ele vibrou. Junto
com ele, a torcida santista respirou aliviada e, respondendo
aos pedidos do herói da tarde,
que levantava os braços e batia
no peito, o reverenciou.
Ali ficou claro que o 0 a 0 não
deixaria de sair do placar. E isso
bastava para o Santos.
Uma bola na trave, logo depois do "milagre" de Fábio Costa ainda assustou, mas já não
era suficiente para que a celebração que explodiu quando as
mãos do goleiro impediram
que o Santos tivesse o mesmo
destino do São Paulo.
Aliás, depois do que ocorreu
no dia anterior, o temor de que
uma final sem grandes ficou no
ar. A ponto de até deixar Vanderlei Luxemburgo irritado dizendo que "o Santos não subestima nenhum adversário".
Afirmação prontamente
contrariada por Cléber Santana durante a partida. O meia do
Santos teve a oportunidade de
ser o autor do gol de uma classificação com menos sustos, mas
desperdiçou um pênalti ainda
no primeiro tempo, numa cobrança em que depois de deslocar o goleiro Felipe com uma
paradinha, jogou a bola, rasteira, na trave.
Por isso, ele foi o primeiro
dos santistas a vibrar com a
atuação do companheiro embaixo das traves. Cléber disse
que sentiu o alívio proporcionado pela atuação do goleiro.
"Pensei no pênalti sim. Com
certeza. Jogávamos pelo empate, mas teria sido fácil se eu tivesse acertado", disse o artilheiro do Santos no Paulista.
"Mas jogamos pelo regulamento e nos classificamos",
disse Cléber, que deixou o gramado vaiado, mas fora defendido pelas palavras do herói do
jogo nos vestiários.
"Se ele não tivesse feito tantos gols também não estaríamos aqui. Não foi o Cléber que
perdeu [o pênalti]. Foi o Santos", disse Fábio Costa.
Quem estava fora do gramado também sentiu a eliminação
passar perto, mas ser afastada
por Fábio Costa. "Ainda bem
que o nosso goleiro estava inspirado", disse o ex-jogador e
ídolo do clube Zito.
Vanderlei Luxemburgo foi
menos enfático, mas também
elogiou seu goleiro titular.
"Goleiro que joga no Santos e
em grandes clubes vai aparecer
uma, duas, três vezes no jogo. E
é aí que ele tem que aparecer. E
o Fábio Costa está num momento muito bom", afirmou.
Fábio Costa elegeu a primeira defesa que fez na partida como a mais difícil da tarde.
"Era um momento crucial do
jogo", disse o goleiro, que humildemente comentou sua
atuação. "Fiz a minha parte, a
minha defesa."
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