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CIDA SANTOS
As dores do esporte
O Osasco tinha o jogo nas mãos, mas caiu diante do
Rio em um confronto com
muito nervosismo e choro
F
OI UM drama o jogo que decidiu o título da Superliga feminina de vôlei. Chorando, a atacante Sassá, campeã pelo Rio, dizia
nunca ter disputado título tão suado: "Todo sofrimento que passamos
foi inexplicável". O técnico Luizomar, do derrotado Osasco, era só lágrimas e uma frase: "Foi uma pena".
Mas nenhuma imagem foi tão tocante quanto a da líbero Arlene, do
Osasco. Era só tristeza e choro. Ela é
uma das responsáveis pela recepção
e foi justamente esse fundamento
que falhou na hora da decisão. Três
saques caíram sem defesa na quadra
do Osasco. Algo raro de acontecer no
quinto set.
O Osasco tinha o jogo nas mãos no
set decisivo. Vencia por 5 a 0, depois,
8 a 4. Foi então que entrou em cena
Regiane, 20 anos, 1,90 m e 30 pontos
no jogo final. Corajosa, ela soltou a
mão no saque. Em uma seqüência
de quatro saques certeiros, fez dois
aces e desestabilizou o adversário.
Difícil explicar uma virada dessas
em um quinto set: nervosismo, desconcentração, ansiedade. Qualquer
alternativa pode ser correta, mas
certeiro mesmo é o sofrimento dos
que perderam. Fica sempre na cabeça as cenas de tudo que poderia ter
sido feito e não foi.
Tirando os dois primeiros jogos
vencidos por 3 a 0 por cada um dos
times, os três últimos foram espetaculares. Todos com placar de 3 sets a
2 e um total de 7h37min de duração.
Foi uma batalha com uma sucessão
de panes e dramas individuais.
Os dois times, por exemplo, sofreram com a falta de uma levantadora
regular. A solução foi semelhante:
Fabiana e Fernandinha, no Osasco,
e Dani Lins e Camila, no Rio, se alternaram. Reserva e titular se completaram e dessa maneira conseguiram eficiência no levantamento.
Na premiação das melhores atletas do campeonato, Dani Lins ficou
com o troféu de melhor levantadora,
que deveria ser dividido com Camila. No jogo de sábado, por exemplo,
Dani só atuou no primeiro set. Nos
quatro sets seguintes, foi Camila
quem esteve em quadra.
Nesta semana, deve sair a convocação da seleção, e José Roberto
Guimarães tem grandes opções na
nova geração: Thaísa e Regiane, do
Rio; Natália, do Osasco; Joycinha,
Fernanda Garay e Ana Tieme, do
Minas. Vamos esperar pra ver quem
vai entrar na lista.
Masculino
Na decisão do masculino, o Florianópolis conseguiu a primeira vitória sobre o Minas por 3 a 0. Os
dois jogos anteriores foram vencidos por 3 a 0 pelo time mineiro, que
ontem errou muito e não contou
com o levantador Rafinha, que
cumpriu suspensão. Luizinho jogou no seu lugar.
O Florianópolis mudou a sua formação: Milinkovic foi para o meio,
e Evandro entrou como oposto, na
posição do argentino. Deu resultado. Vamos ver se a disputa fica mais
equilibrada no quarto jogo.
SELEÇÃO
O preparador físico da seleção, José Elias Proença, retornou da Itália
na semana passada. Esteve reunido
com o técnico José Roberto Guimarães e se encontrou também
com as jogadoras da seleção que
atuam naquele país: Fofão, Walewska, Jaqueline, Mari e Sheila.
ITALIANO 1
O Cuneo, de Giba, derrotou o Trentino, de André Nascimento e André
Heller, por 3 a 2 e está na semifinal.
O próximo rival será o Piacenza, de
Escadinha, que eliminou o Modena, de Ricardinho e Nalbert.
ITALIANO 2
A outra semifinal do Campeonato
Italiano vai reunir o Treviso, do
central Gustavo, e o Roma, do atacante Mastrangelo, da seleção italiana. O Roma eliminou o Taranto,
do oposto Anderson.
cidasan@uol.com.br
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