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Técnico critica hipótese de Luxemburgo
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos que mais sofreram
com o gás no vestiário, o técnico do São Paulo, Muricy
Ramalho, mostrou-se magoado com afirmações do colega Vanderlei Luxemburgo
sobre o episódio de domingo.
O técnico palmeirense foi
um dos primeiros a levantarem a hipótese de que o gás
poderia ter sido plantado por
alguém do São Paulo -argumento que Muricy rechaça,
sentindo-se ofendido.
"O Vanderlei foi mal nessa.
Porque ele no mínimo está
pondo em dúvida a minha seriedade", declarou o treinador são-paulino, que vomitou no banco de reservas no
segundo tempo. Anteontem,
ele passou por exame toxicológico e de corpo de delito
para a investigação policial,
no Instituto Médico Legal.
"Eu tenho uma saúde boa
e, ainda assim, sofri muito. É
uma queimação por dentro
da traquéia e uma náusea,
você não consegue respirar, e
o gás é invisível. Queria ver se
fosse um asmático", disse, ao
relembrar os sintomas.
Sem querer dar desculpas
pela derrota, ele afirmou que
faria duas alterações no intervalo, mas só conseguiu fazer uma porque a outra era
tática. "Teria que explicar tudo aos jogadores e precisaria
de silêncio, o que não tive."
O técnico disse que os
eventos de domingo não deverão influir no andamento
de sua equipe hoje, mas fez
questão de reforçar que o assunto não deve deixar de ser
investigado. Para Muricy,
tem que haver um responsável e ele tem que ser punido.
"Nós estamos com a cabeça em outro jogo, em outro
torneio e temos que tocar a
vida. Mas vocês [jornalistas]
têm que continuar em cima
do assunto, porque é muito
sério. Senão vão esquecer."
O preparador físico Carlinhos Neves também achou
absurda a hipótese de que alguém do São Paulo teria soltado o gás no vestiário. "Se
fosse, teria que ser demitido
agora. Isso não existe. Fui
um dos primeiros a sentir o
gás e tenho certeza de que
veio do duto de ventilação",
disse Carlinhos.
(MDA)
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