DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça Filho, minimizou ontem o impacto do fim do time do Osasco. Segundo o dirigente, não há motivo para pânico nem haverá desemprego de atletas.
"É, de fato, uma pena. A saída de um patrocinador, no entanto, é um fato que se repete há 20 anos", afirmou o dirigente.
"A última Superliga foi disputada por 397 jogadores e, se falarmos que dois times estão encerrando atividades, estaremos falando de 33 jogadores que terão que ser recolocados", completou ele, em nota oficial.
A confederação afirma que será discutida a mudança do ranqueamento, criado para tentar equilibrar os elencos.
Além do Osasco, duas outras equipes podem parar. Brusque, sem patrocínio, busca apoio. O Banespa está sem parceiro desde o meio do Nacional. No masculino, a Ulbra desativou times de elite, e o Bento Vôlei pode fechar. Dois novos times estão se formando, em Volta Redonda e Minas, mas devem ter porte modesto, sem verba suficiente para contratar grandes atletas.
O Osasco tinha quatro campeãs olímpicas e mais três apostas do técnico Zé Roberto.
Para minimizar o impacto do fim da equipe, prefeituras e clubes começam a se mobilizar.
O prefeito de Osasco enviou ofício ao Bradesco, que mantinha o time de vôlei, pedindo que reconsidere a posição. Hoje pode haver reunião da prefeitura com executivos do banco.
Segundo pessoas ligadas a Barueri, Luizomar de Moura se reuniu com investidores ontem na cidade. Procurado pela reportagem, o técnico vice da Superliga disse que estava no Rio e negou o contato. A cidade planeja ter um time de vôlei , mas a Secretaria de Esportes afirma que não há nada certo ainda.
O Botafogo também manifestou interesse no vôlei. "Já apresentamos projeto a várias empresas. Poderíamos pegar um grupo que já está pronto [do Osasco]", disse Miguel Ângelo da Luz, que coordena os esportes olímpicos do clube carioca.


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