São Paulo, sábado, 23 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

m...

Paulista começa mata-mata que põe em jogo 90 dias de torneio em 90 minutos

Mauro Horita/Agif/Folhapress
O técnico Tite, em treino no CT do Corithians

RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

O técnico Tite, do Corinthians, já deu o alerta aos times grandes de São Paulo, que começam, a partir de hoje, um arriscado mata-mata (um mata apenas, na verdade) no Campeonato Paulista.
O abismo que separa os quatro maiores do Estado do resto será colocado à prova em 90 minutos. Nada de vantagem do empate para os poderosos, com campanhas melhores, nem prorrogação como segunda chance.
Empates hoje no Santos x Ponte Preta e no Corinthians x Oeste e igualdades amanhã no São Paulo x Portuguesa e no Palmeiras x Mirassol levam logo para disputas de pênaltis, que, se não são uma loteria, aproximam os times.
O criticado regulamento do Paulista, que prevê 19 rodadas numa fase de classificação bastante previsível e duas fases de mata-mata com jogo único e vantagem só do mando, pode deixar o Corinthians, por exemplo, quase um mês sem jogar.
Caso o time do Parque São Jorge tenha um dia infeliz hoje como teve contra o Tolima na primeira fase da Libertadores, só voltará a atuar oficialmente no dia 22 de maio contra o Grêmio pelo Brasileiro. Não foi à toa que Tite disse: "Vai dar merda".
Paulo César Carpegiani, técnico são-paulino, também criticou abertamente o sistema de disputa da competição. Sua equipe somou 13 pontos a mais que a Portuguesa, e pode, com um empate na Arena Barueri, sair do torneio após 20 partidas.
A história do Campeonato Paulista, um torneio mais que centenário, aponta para um domínio enorme dos quatro grandes, que raras vezes caíram em mata-matas ante times de menor nível.
O Corinthians experimentou um dissabor com a Ponte Preta em 1980 e uma surpresa desagradável com o São José em 1989 em semifinal.
O Palmeiras amargou um vice diante da Inter de Limeira em 1986 e caiu frente ao Paulista na semi de 2004.
O Santos também parou na Inter em 1986 e tombou em 2004 ao cruzar com um pequeno, o São Caetano.
O time do ABC, força emergente na última década, também eliminou duas vezes o São Paulo em mata-matas.
O retrospecto dos grandes, portanto, registra dois raros tropeços históricos para cada um diante de forças menores, o que só aumenta a responsabilidade dos quatro neste final de semana.
Se a Federação Paulista ampliou neste ano para oito o número de classificados para garantir os grandes do Estado no mata-mata, pode ver o tiro sair pela culatra com a queda deles numa rodada quase kamikaze.
Três meses de torneio em 90 minutos. Os grandes jogam para evitar o pior, a m...


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Liedson busca o gol no pós-Adriano
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.