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São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2003

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Corinthians promete um "jogo modelo"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians, que não tentou suspender o Brasileiro, promete um "jogo modelo" contra o Juventude, amanhã. Já Atlético-MG e Vasco, que buscaram melar a rodada do fim de semana, improvisam para se adequar às determinações do Estatuto do Torcedor.
No Pacaembu, os corintianos contarão com 40 monitores, 32 banheiros químicos, tabela e regulamento do Nacional afixados nas entradas, divulgação da renda líquida e da bruta e comprovantes de pagamento pelos ingressos.
"O Corinthians não só já estava correndo para atender à nova lei como vai oferecer ao torcedor mais do que está no estatuto", disse Antonio Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians.
Os presidentes de Atlético-MG e Vasco, os outros membros do Clube dos 13 que mandam jogos da Série A amanhã, disseram que atenderão aos torcedores em vários quesitos do estatuto, mas admitem que muita coisa faltará.
"Sobre higiene, o Atlético-MG vai disponibilizar banheiros móveis. Quanto à alimentação, não podemos garantir que o produto oferecido será bom", disse Ricardo Guimarães, do Atlético-MG, que atuará no estádio Independência diante do Fluminense.
"Sobre higiene e alimentação, não vai ter nada diferente. Em São Januário, já tínhamos boas condições. O torcedor que vier pela primeira vez ao estádio vai se surpreender com o que é oferecido. Quem vem sempre não vai notar diferença", disse Eurico Miranda, do Vasco -recebe a Ponte Preta.
Uma diferença que os torcedores deveriam ver logo nas entradas dos estádios é a afixação da tabela e do regulamento. "Vamos colocar isso em todas as entradas do estádio", disse Guimarães. "Aqui [São Januário], não. Como vou afixar isso?", disse Eurico.
O Atlético-MG tenta acertar ainda com monitores. "Estamos acertando isso amanhã [hoje]. Mas vamos ter monitores, sim", afirmou Guimarães, que diz não cumprir o que considera inconstitucional. "É o caso do transporte ao estádio, por exemplo."
Os clubes entendem que não será difícil seguir as determinações de uma ambulância, um médico e dois enfermeiros para cada 10 mil torcedores. "Já acertamos isso", disse Guimarães. "Não jogo em São Januário para mais de 20 mil pessoas. E temos sempre duas ambulâncias", afirmou Eurico.
Os torcedores no Rio e em Belo Horizonte continuarão, pelo menos até os jogos de amanhã, sem comprovantes de pagamento pelos ingressos. "Não deu para ser feito", afirmou Guimarães. "Temos que mudar o tipo de ingresso. Não há tempo", disse Eurico.
Os dois reagiram de formas distintas quando questionados sobre processos de torcedores. "Temo, sim, tanto que fomos falar com o ministro [Agnelo Queiroz]", disse Guimarães. "Não temo. O ministro nos deu garantias. Não há uma imposição para fazer tudo em 24 horas", afirmou Eurico. (LÚCIO RIBEIRO E RODRIGO BUENO)


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