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foi pouco
Santos ganha em casa, mas cai na Libertadores
Time bate o América na Vila, mas sem conseguir devolver a diferença de gols
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Kléber Pereira, que fez um gol, insuficiente para salvar o Santos
Santos 1
América 0
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
O Fluminense é o Brasil na
Libertadores. Ontem, o Santos
lutou, atacou e venceu. Mas o
placar mínimo foi insuficiente
para levá-lo às semifinais da Libertadores (eram necessários
três tentos de diferença para se
classificar nos 90 minutos).
O Santos entrou em campo
ciente de sua desvantagem
(perdera por 2 a 0 no México) e
procurou o ataque o tempo todo. Já o América, com só o atacante Cabañas preocupado em
avançar, ficou quase todo o primeiro tempo com dez atletas
em seu campo defensivo.
O problema era que os comandados de Emerson Leão
pecavam na finalização das jogadas. E, na medida em que não
traduziam em gols o grande volume ofensivo, enervavam-se.
Assim, tanto os torcedores
como os atletas (no intervalo)
se queixaram do tempo gasto
pelo goleiro Ochoa para as reposições de bola.
Nas esporádicas vezes em
que teve domínio da bola, o
América preferia trocar passes,
mais no sentido de controlar o
ritmo da partida do que no ímpeto de tentar um gol -estratégia que possibilitava ao Santos
contragolpear pelos flancos,
por onde Betão (na direita) e
Kléber (na esquerda) tinham liberdade. O zagueiro improvisado na ala, no entanto, não aproveitava bem o espaço.
Efetivamente, porém, o time
mexicano teve sua meta ameaçada em raras oportunidades.
A melhor aos 10min de jogo,
quando Rodrigo Souto aproveitou rebote e cruzou para o artilheiro Kléber Pereira. O avante
chegou um pouco atrasado para concluir e errou o arremate.
"Temos que ir para cima, mas
com calma, senão não dá certo", declarou no intervalo o volante Marcinho Guerreiro.
De um camarote na Vila Belmiro, o atacante Robinho, revelado no Santos e atualmente no
Real Madrid, concordou. "O time deles está muito atrás, precisa de calma. Depois que sair o
primeiro [gol], os outros vêm
também", declarou o atacante
da seleção brasileira.
No segundo tempo, com a entrada do atacante Tripodi na
vaga de Wesley, o Santos se lançou ainda mais à frente. Antes
de 1min, já havia finalizado.
Depois, aos 7min, o argentino deixou Kléber Pereira na cara do gol. Mas o atacante se
enroscou com um defensor
mexicano e nem sequer chegou
a concluir. A exemplo de outros
jogadores (Marcinho Guerreiro chegou a botar o dedo no rosto do juiz), pediu pênalti.
Um minuto depois, o artilheiro foi lançado, livrou-se do
goleiro, mas chutou fora.
Quando o ímpeto santista começou a arrefecer, com os mexicanos trocando passes para
deixar o tempo passar, Leão
pôs o time ainda mais no ataque. Tirou Betão, para a entrada do atacante Quiñonez.
Em seu primeiro lance, o
equatoriano avançou pela direita e cruzou. Kléber Pereira
ganhou no alto, aos 18min, para, de cabeça, abrir o placar.
O América pouco mudou sua
conduta. Continuou a buscar o
ataque meio preguiçosamente,
trocando passes. Mas passou a
catimbar mais o jogo.
Assim, esfriou o Santos, que
demorou a voltar a criar uma
chance de gol. Só aos 35min
Kléber Pereira voltou a exigir
uma defesa de Ochoa, ao concluir fraco da entrada da área.
No fim, a pressão -do público e dos quatro atacantes santistas- não surtiu efeito.
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