São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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foi pouco

Santos ganha em casa, mas cai na Libertadores

Time bate o América na Vila, mas sem conseguir devolver a diferença de gols

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Kléber Pereira, que fez um gol, insuficiente para salvar o Santos

Santos 1
América 0

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O Fluminense é o Brasil na Libertadores. Ontem, o Santos lutou, atacou e venceu. Mas o placar mínimo foi insuficiente para levá-lo às semifinais da Libertadores (eram necessários três tentos de diferença para se classificar nos 90 minutos).
O Santos entrou em campo ciente de sua desvantagem (perdera por 2 a 0 no México) e procurou o ataque o tempo todo. Já o América, com só o atacante Cabañas preocupado em avançar, ficou quase todo o primeiro tempo com dez atletas em seu campo defensivo.
O problema era que os comandados de Emerson Leão pecavam na finalização das jogadas. E, na medida em que não traduziam em gols o grande volume ofensivo, enervavam-se.
Assim, tanto os torcedores como os atletas (no intervalo) se queixaram do tempo gasto pelo goleiro Ochoa para as reposições de bola.
Nas esporádicas vezes em que teve domínio da bola, o América preferia trocar passes, mais no sentido de controlar o ritmo da partida do que no ímpeto de tentar um gol -estratégia que possibilitava ao Santos contragolpear pelos flancos, por onde Betão (na direita) e Kléber (na esquerda) tinham liberdade. O zagueiro improvisado na ala, no entanto, não aproveitava bem o espaço.
Efetivamente, porém, o time mexicano teve sua meta ameaçada em raras oportunidades.
A melhor aos 10min de jogo, quando Rodrigo Souto aproveitou rebote e cruzou para o artilheiro Kléber Pereira. O avante chegou um pouco atrasado para concluir e errou o arremate.
"Temos que ir para cima, mas com calma, senão não dá certo", declarou no intervalo o volante Marcinho Guerreiro.
De um camarote na Vila Belmiro, o atacante Robinho, revelado no Santos e atualmente no Real Madrid, concordou. "O time deles está muito atrás, precisa de calma. Depois que sair o primeiro [gol], os outros vêm também", declarou o atacante da seleção brasileira.
No segundo tempo, com a entrada do atacante Tripodi na vaga de Wesley, o Santos se lançou ainda mais à frente. Antes de 1min, já havia finalizado.
Depois, aos 7min, o argentino deixou Kléber Pereira na cara do gol. Mas o atacante se enroscou com um defensor mexicano e nem sequer chegou a concluir. A exemplo de outros jogadores (Marcinho Guerreiro chegou a botar o dedo no rosto do juiz), pediu pênalti.
Um minuto depois, o artilheiro foi lançado, livrou-se do goleiro, mas chutou fora.
Quando o ímpeto santista começou a arrefecer, com os mexicanos trocando passes para deixar o tempo passar, Leão pôs o time ainda mais no ataque. Tirou Betão, para a entrada do atacante Quiñonez.
Em seu primeiro lance, o equatoriano avançou pela direita e cruzou. Kléber Pereira ganhou no alto, aos 18min, para, de cabeça, abrir o placar.
O América pouco mudou sua conduta. Continuou a buscar o ataque meio preguiçosamente, trocando passes. Mas passou a catimbar mais o jogo.
Assim, esfriou o Santos, que demorou a voltar a criar uma chance de gol. Só aos 35min Kléber Pereira voltou a exigir uma defesa de Ochoa, ao concluir fraco da entrada da área.
No fim, a pressão -do público e dos quatro atacantes santistas- não surtiu efeito.


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