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Bilheteria rende mais que cotas ao Corinthians
Time lucra R$ 6 milhões com torcida,
3 vezes mais do que pagam 2 patrocínios
Jogos com Ronaldo, que será poupado hoje, diante do Barueri, respondem por 81% do total líquido arrecadado com os ingressos neste ano
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians se orgulha de
ter uma torcida que é uma entidade à parte, presente não apenas nas arquibancadas mas
também nas decisões do clube.
Pois, em 2009, a Fiel tem ido
além. Ela já é um dos maiores
patrocinadores do time.
Veto ao Morumbi, descontos,
custos e problemas de venda de
ingressos à parte, o Corinthians
já arrecadou R$ 6.258.262,33
com bilheteria em 17 jogos em
que teve participação na comercialização de ingressos.
Essa receita, líquida, já representa nesta temporada a terceira maior fonte de renda obtida
pelo clube do Parque São Jorge.
Ao final do ano, apenas a cota
de TV e a estampa da Batavo na
camisa da equipe terão rendido
mais aos cofres do Parque São
Jorge do que a arrecadação nos
jogos nos últimos cinco meses.
Os R$ 6 milhões vindos dos
bolsos da Fiel representam valor três vezes maior do que o
clube alvinegro irá embolsar
com os acordos fechados com a
Hipermarcas (dona da Bozzano) e com o Grupo Silvio Santos
(do Banco PanAmericano).
Juntos, esses dois contratos
anuais de patrocínio representam cerca de R$ 2 milhões para
o clube -o valor bruto do acordo é de cerca de R$ 10 milhões,
mas 80% vão para Ronaldo.
Aliás, a ausência do jogador
hoje, diante do Barueri, não deve ser sentida apenas em campo, mas também na renda.
Dos mais de R$ 6 milhões lucrados com ingressos, cerca de
R$ 5,1 milhões foram obtidos
em partidas que tiveram o Fenômeno em campo -isso equivale a 81,3 % de toda a renda líquida corintiana no ano.
Graças à presença dele, por
exemplo, o Corinthians fez
mais de R$ 500 mil numa partida da fase inicial do Estadual.
Contra o São Caetano, confronto que teve como atração
principal a estreia do camisa 9
no Pacaembu (e como titular
do time), o Corinthians registrou lucro de R$ 545.808,07
com a bilheteria, isso em uma
quarta-feira à noite.
Não à toa, a diretoria do clube
se mostra empolgada com o dinheiro que tem entrado no clube através da comercialização
de ingressos. A ponto de já programar um crescimento permanente no valor da arrecadação para os próximos anos.
"Nossa meta é dobrar as receitas a cada ano daqui para a
frente", afirma, otimista, o presidente do clube da zona leste
paulistana, Andres Sanchez.
O dirigente se mostra satisfeito com a resposta da torcida
aos preços estipulados pelo clube nos jogos em que é mandante. Sobretudo os cobrados nos
setores mais caros, como a chamada área VIP do Pacaembu.
Nesse local, destinado aos corintianos mais ricos, a diretoria
já cobrou até R$ 250 por um lugar e chegou até a estimar que,
em casos de jogos decisivos, como na final do Campeonato
Paulista ou nesta reta final de
Copa do Brasil, poderia pedir
até mesmo o dobro disso que
haveria interessados em pagar.
Andres, no entanto, afirma
que os R$ 250 são o limite que o
clube pretende cobrar em qualquer setor do estádio.
"O teto é o valor cobrado no
setor VIP, na partida contra o
Fluminense", confirma o presidente do Corinthians.
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