São Paulo, sábado, 23 de maio de 2009

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Bilheteria rende mais que cotas ao Corinthians

Time lucra R$ 6 milhões com torcida, 3 vezes mais do que pagam 2 patrocínios

Jogos com Ronaldo, que será poupado hoje, diante do Barueri, respondem por 81% do total líquido arrecadado com os ingressos neste ano


EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians se orgulha de ter uma torcida que é uma entidade à parte, presente não apenas nas arquibancadas mas também nas decisões do clube. Pois, em 2009, a Fiel tem ido além. Ela já é um dos maiores patrocinadores do time.
Veto ao Morumbi, descontos, custos e problemas de venda de ingressos à parte, o Corinthians já arrecadou R$ 6.258.262,33 com bilheteria em 17 jogos em que teve participação na comercialização de ingressos.
Essa receita, líquida, já representa nesta temporada a terceira maior fonte de renda obtida pelo clube do Parque São Jorge.
Ao final do ano, apenas a cota de TV e a estampa da Batavo na camisa da equipe terão rendido mais aos cofres do Parque São Jorge do que a arrecadação nos jogos nos últimos cinco meses.
Os R$ 6 milhões vindos dos bolsos da Fiel representam valor três vezes maior do que o clube alvinegro irá embolsar com os acordos fechados com a Hipermarcas (dona da Bozzano) e com o Grupo Silvio Santos (do Banco PanAmericano).
Juntos, esses dois contratos anuais de patrocínio representam cerca de R$ 2 milhões para o clube -o valor bruto do acordo é de cerca de R$ 10 milhões, mas 80% vão para Ronaldo.
Aliás, a ausência do jogador hoje, diante do Barueri, não deve ser sentida apenas em campo, mas também na renda.
Dos mais de R$ 6 milhões lucrados com ingressos, cerca de R$ 5,1 milhões foram obtidos em partidas que tiveram o Fenômeno em campo -isso equivale a 81,3 % de toda a renda líquida corintiana no ano.
Graças à presença dele, por exemplo, o Corinthians fez mais de R$ 500 mil numa partida da fase inicial do Estadual.
Contra o São Caetano, confronto que teve como atração principal a estreia do camisa 9 no Pacaembu (e como titular do time), o Corinthians registrou lucro de R$ 545.808,07 com a bilheteria, isso em uma quarta-feira à noite.
Não à toa, a diretoria do clube se mostra empolgada com o dinheiro que tem entrado no clube através da comercialização de ingressos. A ponto de já programar um crescimento permanente no valor da arrecadação para os próximos anos.
"Nossa meta é dobrar as receitas a cada ano daqui para a frente", afirma, otimista, o presidente do clube da zona leste paulistana, Andres Sanchez.
O dirigente se mostra satisfeito com a resposta da torcida aos preços estipulados pelo clube nos jogos em que é mandante. Sobretudo os cobrados nos setores mais caros, como a chamada área VIP do Pacaembu.
Nesse local, destinado aos corintianos mais ricos, a diretoria já cobrou até R$ 250 por um lugar e chegou até a estimar que, em casos de jogos decisivos, como na final do Campeonato Paulista ou nesta reta final de Copa do Brasil, poderia pedir até mesmo o dobro disso que haveria interessados em pagar.
Andres, no entanto, afirma que os R$ 250 são o limite que o clube pretende cobrar em qualquer setor do estádio.
"O teto é o valor cobrado no setor VIP, na partida contra o Fluminense", confirma o presidente do Corinthians.


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