DOS ENVIADOS A SAITAMA

Os durões também sonham. Luiz Felipe Scolari afirmou ontem que enfrentar a equipe da Alemanha na final da Copa do Mundo seria a realização de um sonho. "Vencer, então, nem se fala."
Os motivos elencados pelo treinador da seleção brasileira para justificar a opção são dois. O primeiro, histórico: "As duas seleções nunca se enfrentaram em uma Copa". O segundo, ao que parece, a vontade de desabafar. "Eles também tiveram muitas dificuldades nas eliminatórias, como a gente", disse.
A seleção alemã se classificou na repescagem. O Brasil só garantiu a vaga na Copa no último jogo das eliminatórias, ao bater a Venezuela, em São Luís (MA).
Ontem, Scolari primeiro disse que os que criticam seu trabalho pregam no deserto. "Tenho ouvido uma ou outra crítica envolvendo defesa, estrutura de equipe. Mas, como eu já disse, entra por este ouvido e sai por outro."
Depois, mostrou certo ressentimento ao ser questionado sobre o favoritismo de seu time para vencer a semifinal contra a Turquia.
"Quem aponta o Brasil como favorito agora, está fazendo uma coisa totalmente absurda. Tinha que fazer isso três, quatro meses antes da Copa. Não apontava porque não tinha confiança. Então, continua sem confiança."
Mas o próprio Scolari, apesar de cauteloso no discurso, afirmou que a equipe está "madura" para chegar à final. "Confio muito nesse time." (FV, FM, JAB E SR)


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