São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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Bilhete encalha na mão de cambista

DO ENVIADO A OSAKA

Mais uma vez o problema se repetiu. Cerca de 5.000 lugares ficaram vazios no jogo de ontem, apesar de, pelo menos oficialmente, não haver mais entrada disponível ao torcedor comum.
Quem quisesse ingresso teria de recorrer a cambistas, que tinham mais de 9.000 bilhetes para vender. Não conseguiram. Pelos cálculos do Jawoc, o Comitê Organizador do Japão, eles se desfizeram de aproximadamente 4.000, mas o restante encalhou.
Dessa vez, os cambistas se deram mal. Tinham calculado que o Japão chegaria às quartas-de-final, apossaram-se de grande quantidade de ingressos e imaginavam vendê-los por pelo menos US$ 1.000. Foi o preço pelo qual os bilhetes de Brasil x Inglaterra eram vendidos no câmbio negro.
Com a derrota dos japoneses diante dos turcos, o jogo de ontem perdeu o interesse para o torcedor local, e o preço das entradas despencou. Meia hora antes do jogo, eram vendidas por US$ 300.
A questão que fica, no entanto, é como os cambistas conseguiram se apossar de 9.000 entradas para comercializar. O Jawoc imagina que parte delas seja de torcedores comuns, que pensaram em ir ao jogo do Japão, mas, com o time eliminado, decidiram vender os bilhetes que tinham em mãos.
Mais uma vez os organizadores colocaram a culpa na Byrom, empresa britânica que deveria ter feito todos os ingressos nominais, mas, alegando falta de tempo, não cumpriu o acordo.(JCA)


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