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Tostão
Parreira, coragem
Juninho, Robinho
e Gilberto Silva merecem ser titulares do Brasil
FOI UMA belíssima
exibição do Brasil.
Com os novos jogadores, que nunca tinham
treinado juntos, o time ficou muito mais rápido,
imprevisível e habilidoso.
Parecia uma grande seleção brasileira e não da Europa, como nos primeiros
jogos. O Brasil fez quatro
gols e criou mais umas dez
chances para marcar.
Juninho mostrou como
se deve atuar um volante.
Marcou, apoiou e finalizou de fora da área. Fez
um belo gol e quase faz outro. Ronaldinho deu passes espetaculares. Jogou
como um Gerson, um Rivellino. Mas no Barcelona
é uma mistura de Gerson e
Zico. Faltou gana de fazer
gols. Finalizou pouco.
Robinho fez belíssimas
jogadas individuais, mudou o ritmo e o estilo do time e, principalmente, facilitou para todos os outros jogadores do ataque.
Trocou várias vezes de posição com Ronaldinho.
Porém continua deficiente nas finalizações.
Ronaldo fez dois gols,
um belíssimo, e poderia
ter feito mais uns três. Driblou e tabelou em pequenos espaços, como não fazia há muito tempo. Gilberto Silva deu bons passes e ainda mostrou que
sabe jogar melhor do que o
Emerson, de primeiro volante, próximo dos zagueiros. Mas prefiro ele ou o
Emerson marcando no
meio e não tão recuado.
Nem tudo foi excelente.
A defesa, que tinha enfrentado os lentos ataques
de Croácia e Austrália, teve dificuldade com os contra-ataques velozes dos japoneses, que exploraram
bastante os espaços nas
costas dos dois laterais.
Cicinho foi ótimo no
apoio, muito melhor que
Cafu, mas mostrou novamente muitas deficiências
na marcação. É impossível
ele apoiar tanto e ainda
defender bem. Nas suas
costas aconteceram o gol
do Japão e outras jogadas
perigosas. Gilberto foi mal
no primeiro tempo na defesa e no ataque. No segundo, melhorou, avançou mais e fez um gol.
No final da partida, a TV
mostrou o Parreira e o Zagallo sérios e preocupados. Deviam estar pensando nos problemas que
criaram com a escalação
dos novos jogadores. Juninho, Robinho e Gilberto
Silva merecem ser titulares, não somente por esse
jogo, mas pelo que sabem
jogar. Parreira, coragem.
tostao.folha@uol.com.br
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